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5 de outubro de 2020

O idiota: Dostoiévski


"A alma é curada no convívio com as crianças"





Haicais de Elenir inspirada no livro "O idiota"

Mulher e poesia.  
Também, beleza e cultura.
Comunhões felizes.

O homem é mais feliz
enquanto aguarda a chegada
do que ao realizá-la

Coisas inefáveis:
O rosto de uma criança,
o nascer do sol...





...O Catolicismo é o mesmo que uma fé não cristã! – acrescentou de repente [o príncipe], com os olhos brilhando, olhando à sua frente e ao mesmo tempo correndo a vista por todos.
-- Ora, isso é demais – proferiu o velhote e olhou surpreso para Ivan Fiódorovitch.
-- Então como é que o Catolicismo é uma fé não cristã?— virou-se na cadeira Ivan Petróvitch. – Então, que fé é?
-- Uma fé não cristã, em primeiro lugar – tornou a falar o príncipe com uma inquietação extraordinária e com uma nitidez fora da medida. – Isso em primeiro lugar; em segundo, o Catolicismo romano é até pior do que o próprio ateísmo, é essa a minha opinião! Sim! É essa a minha opinião! O ateísmo também prega o nada, mas o Catolicismo vai além: prega um Cristo deformado, que ele mesmo denegriu e profanou, um Cristo oposto! Ele prega o anticristo, eu lhe juro, lhe asseguro! Esta é uma convicção minha e antiga, e ela me atormentou... O Catolicismo romano acredita que sem um poder estatal mundial a Igreja não se sustenta na Terra e grita: “Non possumus!” A meu ver, o Catolicismo romano não é nem uma fé mas, terminantemente, uma continuação do Império Romano do Ocidente, e nele tudo está subordinado a esse pensamento, a começar pela fé. O papa apoderou-se da Terra, do trono terrestre e pegou a espada; desde então não tem feito outra coisa, só que à espada acrescentou a mentira, a esperteza, o embuste, o fanatismo, a superstição, o crime, brincou com os próprios santos, com os sentimentos verdadeiros, simples e fervorosos do povo, trocou tudo, tudo por dinheiro, pelo vil e poderoso poder terrestre. Isso não é uma doutrina anticristã?! Como o ateísmo não iria descender deles? O ateísmo derivou deles, do próprio Catolicismo romano! (...)
-- O senhor e-xa-gera muito – arrastou Ivan Petróvitch com um certo tédio e até como que meio envergonhado por algo – na Igreja de lá também há representantes dignos de qualquer respeito e be-ne-méritos...
--Eu nunca falei de representantes isolados da Igreja. Estou falando do Catolicismo romano em sua essência, estou falando de Roma. Por acaso a Igreja pode desaparecer totalmente? Eu nunca disse isso!
-- Concordo, mas tudo isso é sabido e inclusive – desnecessário e... pertence à teologia.
-- Oh, não, oh, não! Não só à teologia, eu lhe asseguro, lhe asseguro que não! Isto nos afeta muito mais de perto do que o senhor imagina. Todo o nosso equívoco está aí, em ainda não conseguirmos perceber que essa questão não é só e exclusivamente teológica! Porque o socialismo é criação do Catolicismo e da essência católica! Ele, como seu irmão o ateísmo, também foi gerado pelo desespero, em contraposição ao Catolicismo no sentido moral, para substituir o poder moral perdido da religião, para saciar a sede espiritual da humanidade sequiosa e salvá-la não por intermédio de Cristo, mas igualmente da violência! (...)

(p. 607)


A senhora leu um número exagerado de poemas e é instruída demais para a sua condição; a senhora é uma mulher livresca e boa vida. (p.633)


Nastácia Filíppovna

"Quem quiser poderá enganá-lo, e quem quer que o engane ele depois perdoará, a todo e qualquer um, e foi por isso que eu o amei." (p. 633)





Nada de ficar perturbado também com o fato de que somos ridículos, não é verdade? Porque é realmente assim, nós somos ridículos, levianos, cheios de maus hábitos, sentimos tédio, não sabemos olhar, não sabemos compreender, ora, todos nós somos assim, nós todos, e tanto os senhores quanto eu, quanto eles! (..) Sabem, eu não compreendo como se pode passar ao lado de uma árvore e não ficar feliz por vê-la! Conversar com uma pessoa e não se sentir feliz por amá-la! Oh, eu apenas não sei exprimir... mas, a cada passo, quantas coisas maravilhosas existem, que até o mais desconcertado dos homens as acha belas? Olhem para uma criança, olhem para a alvorada de Deus, olhem para a relva do jeito que cresce, olhem para os olhos que os olham e os amam..."


"Passe ao largo da gente e nos perdoe pela nossa felicidade"




by MelloRocks
Crianças e pássaros
o mundo enfeitam e alegram,

igualmente; ao príncipe.

Cultura, beleza
e educação ornamentam

a sociedade.

Mulher e poesia
uma feliz comunhão.

Sem falar em dote.

(Elenir)




Você não tem ternura: só verdade, portanto, é injusto.

Aí só há verdade, é até injusto. 




Entretanto a intranquilidade do príncipe crescia de minuto a minuto. Ele andava pelo parque olhando distraído ao redor e parou surpreso quando se aproximou da pista diante da estação e avistou uma série de bancos vazios e as estantes para a orquestra. Ficou admirado com o lugar e algo o fez achá-lo horrível. Tomou o caminho de volta e, seguindo direto por onde passara na véspera com as Iepántchin rumo à estação, chegou ao banco verde que lhe haviam designado para o encontro, sentou-se e súbito deu uma gargalhada, o que de imediato o deixou sumamente indignado. Sua melancolia continuava; estava com vontade de ir a algum lugar... não sabia para onde. Numa árvore, acima dele, cantava um pássaro, e ele ficou a procurá-lo entre as folhas com a vista; súbito o pássaro levantou voo da árvore, e por alguma razão no mesmo instante veio-lhe à lembrança a “mosca” na “réstia quente do sol”, sobre a qual Hippolit escrevera que até “ela conhece o seu lugar e é uma participante do coro geral, ao passo que ele é apenas um aborto”. Essa frase o deixara estupefato ainda há pouco, agora ele a memorizava. Uma lembrança há muito esquecida mexeu-se dentro dele e súbito se esclareceu de uma vez.
Isso havia acontecido na Suíça, no primeiro ano do seu tratamento, até mesmo nos primeiros meses. Naquela época ele ainda era inteiramente como um idiota, não era capaz nem de falar direito, às vezes não conseguia entender o que estavam querendo dele. Uma vez subiu às montanhas em um claro dia de sol, e andou demoradamente com um pensamento angustiante que, todavia, de modo algum se materializou. Diante dele havia um céu brilhante, embaixo um lago, ao redor um horizonte claro a não acabar mais. Ficou muito tempo a olhar e atormentar-se. Agora recordava que havia estendido as mãos naquele azul-claro e sem fim e chorado. Atormentava-o o fato de que ele era totalmente estranho àquilo tudo. Que festim é esse, que grande e sempiterna festa é essa que não tem fim e que há muito o vem arrastando, sempre, desde a infância, e à qual ele não encontra meio de juntar-se. Toda manhã nasce esse mesmo sol claro; toda manhã há arco-íris na cachoeira; toda tarde a montanha nevada, a mais alta de lá, ao longe, nos confins do céu, arde em chama purpúrea; cada “pequena mosca, que zune ao seu lado na réstia quente do sol é uma participante de todo esse coro: conhece o seu lugar, gosta dele e é feliz”; cada pé de relva cresce e é feliz! E tudo tem o seu caminho, e tudo conhece o seu caminho, sai cantando e chega cantando; só ele não sabe de nada, não compreende nada, nem as pessoas, nem os sons, é estranho a tudo e é um aborto. Oh, ele, é claro, não pôde falar naquele momento com essas palavras e externar a sua pergunta; atormentava-se de forma surda e muda; mas agora lhe parecia que dissera tudo e naquela ocasião, todas essas mesmas palavras, e que a respeito daquela “mosca” Hippolit falara com palavras dele mesmo, de suas palavras e lágrimas naquele momento. Ele estava certo disso e, sabe lá, seu coração batia movido por esse pensamento...
Caiu no sono no banco mas a sua inquietação continuou até em sonho. Bem antes de adormecer lembrou-se de que Hippolit iria matar dez pessoas e riu do absurdo da suposição. Ao seu lado fazia um silêncio maravilhoso, sereno, apenas com um farfalhar de folhas que, parece, provoca ainda mais silêncio e solidão ao redor. Teve muitos sonhos e todos sobressaltados, que o fizeram estremecer a cada instante. Por fim uma mulher veio ter com ele; ela a conhecia, e a conhecia a ponto de sofrer; ele sempre foi capaz de dizer seu nome e apontá-la mas - coisa estranha - agora era como se o rosto dela não tivesse nada daquele rosto que ele sempre conhecera, e era com angústia que ele se negava a reconhecer nela aquela mulher. Neste rosto havia tanto arrependimento e horror que, parecia, era uma assassina terrível e acabava de cometer um crime horrendo. Uma lágrima lhe tremia na face pálida; ela o chamou com um aceno de mão e pôs um dedo nos lábios como se o prevenisse para que a acompanhasse em silêncio. O coração dele parou; por nada, por nada ele queria reconhecer nela a criminosa; mas ele sentia que agora mesmo ia acontecer alguma coisa terrível para toda a sua vida. Parecia que ela queria lhe mostrar alguma coisa, ali mesmo perto do parque. Ele se levantou a fim de segui-la, e de súbito ouviu-se ao seu lado um riso radiante e fresco de alguém; súbito a mão de alguém se viu entre as mãos dele; ele agarrou essa mão, apertou-a com força e acordou. Aglaia estava à sua frente e ria alto.



Há muito tempo ela já me havia esclarecido a teu respeito, mas há pouco eu mesmo observei como tu estavas sentado com ela ouvindo música. Ela me jurou por Deus, ontem e hoje, que tu estás apaixonado como um gato por Aglaia Iepántchina. Para mim, príncipe, isso dá no mesmo, e além do mais não é da minha conta: se tu deixaste de amá-la, ela ainda não deixou de te amar. Tu mesmo sabes que ela está querendo te casar forçosamente com a outra, deu essa palavra, eh-eh! Diz ela para mim: “Sem isso eu não me caso contigo, eles na igreja, nós também na igreja”. O que existe aí não consigo compreender e nunca compreendi: ou ela te ama ilimitadamente ou... se ama, então como quer te casar com outra? Diz ela: “Quero vê-lo feliz” - logo, quer dizer que ama.




"Um dia, todos terão direito a 15 minutos de fama"

x

"É possível anunciar a verdade de forma a convencer as pessoas em 15 minutos"


😑😑😑


"Teve um ataque de epilepsia, que há muito tempo o havia abandonado. Sabe-se que os ataques de epilepsia, a própria epilepsia, passam num instante. Nesse momento o rosto e particularmente o olhar sofre uma deformação instantânea e extraordinária. As convulsões e os tremores dominam todo o corpo e todos os traços do rosto. Um lamento terrível, inimaginável e sem semelhança desprende-se do peito; nesse lamento é como se desaparecesse de chofre tudo o que é humano, e é absolutamente impossível, ou pelo menos muito difícil, a um observador imaginar e admitir que esse grito venha do mesmo homem. Imagina-se inclusive que quem está gritando seria um outro qualquer, situado dentro desse homem. Pelo menos foi assim que muitas pessoas explicaram a sua impressão, em muitas pessoas a visão do homem tomado de ataque epiléptico provoca um horror decidido e insuportável, que traz em si até algo místico. [...]"


Hans Holbein “O Corpo de Cristo Morto na Tumba" (1521)

- De quê eu ri? É que me ocorreu que, se não tivesse havido essa desgraça contigo, não houvesse acontecido esse amor, pode ser que viesses a ser tal qual teu pai, e ademais muito em breve. Irias te enclausurar sozinho e em silêncio com a mulher, obediente e muda, falando raro e com severidade, sem confiar numa única pessoa, aliás sem precisar absolutamente disso, e limitando-se a amealhar dinheiro no silêncio e na penumbra. E quando viesses a elogiar livros esses seriam muito, muito velhos, e te interessaria pelos da antiga seita do sinal da cruz com dois dedos, e ainda assim pela antiguidade...


O terceiro selo do apocalipse


De que me serve toda essa beleza quando em cada minuto, em cada segundo eu devo e agora sou forçado a saber que até essa minúscula mosquinha ali, que está zunindo ao meu lado numa réstia de sol, até ela participa de todo esse banquete e desse coro, e conhece o seu lugar, ama-o e é feliz, enquanto eu sou um aborto e só por minha pusilanimidade eu não quis entender isso até hoje! (Dostoiévski, 2002, p. 464).


Perfeita é a tua beleza
Tudo em você é perfeição!

Não te amo por amor, mas por compaixão. 

Ah! Sem dúvida não estava se sentindo bem, hoje, a bem dizer se achando quase no estado em que outrora se sentia quando estava para vir um dos ataques da sua antiga moléstia. Sabia que em tais ocasiões costumava pouco antes se sentir excepcionalmente “ausente” de tudo, e que então confundia coisas e pessoas, caso não se esforçasse por prestar bastante atenção nelas. E havia ainda um outro motivo especial para fazer com que desejasse realmente descobrir se antes tinha estado mesmo diante da tal loja. Entre os artigos expostos na vitrina havia um que ele admirara de modo particular, havendo até calculado que devia valer uns sessenta copeques de prata. Lembrava-se dessa particularidade, não obstante a agitação e seu estado mental. Portanto, se tal loja existisse, se tal artigo lá estivesse mesmo na vitrina, isso confirmava que de fato parara acolá, atraído simplesmente por aquele tal artigo. E por conseguinte tal artigo deveria interessá-lo muito, já que o atraíra messmo estando ele como estava, aborrecidíssimo e confuso por ter saído do trem e abandonado a estação. Enveredou para a direita, olhando para as lojas e eis que, quando mais batia seu coração tomado de impaciência, deu de súbito com a loja! Encontrara-a finalmente!
Estava a quinhentos passos dela, ainda agora, quando lhe veio a vontade irreprimível de voltar. E lá estava o artigo que devia valer uns sessenta copeques. Olhava-o e repetia: “Deve valer uns sessenta copeques, não mais”, e riu. Mas sua risada era histérica.
Sentiu-se indisposto, infeliz, zonzo. Lembrou-se claramente, então, de que quando ali estivera antes, ainda agora mesmo, repentinamente se tinha voltado da vitrina para a rua, como fizera aquela manhã ao descer do trem quando, já na rua, surpreendera os olhos de Rogójin sobre ele. Dando como certo que não se tinha enganado (muito embora antes soubesse que era verdade mesmo), afastou-se da loja e estugou o passo. Urgia dar tudo por acabado. Agora estava mais que ciente de que nem mesmo na estação aquilo fora imaginação sua.
Algo de verídico se passara com ele, ligado à sua inquietação anterior. Mas o subjugou uma intolerável repugnância; resolveu não pensar mais nessas coisas, e conseguiu dar um curso completamente outro às suas cogitações.
Lembrou-se, por exemplo, de que sempre um minuto antes do ataque epilético (quando lhe vinha ao estar acordado) lhe iluminava o cérebro, em meio à tristeza, ao abatimento e à treva espiritual, um jorro de luz e logo, com extraordinário ímpeto, todas as suas forças vitais se punham a trabalhar em altíssima tensão. A sensação de vivência, a consciência do eu decuplicavam naquele momento, que era como um relâmpago de fulguração. O seu espírito e o seu coração se inundavam com uma extraordinária luz. Todas as suas inquietações, todas as suas dúvidas, todas as suas ansiedades ficavam desagravadas imediatamente. Tudo imergia em uma calma suave. cheia de terna e harmoniosa alegria e esperança. Tal momento, tal relâmpago, era apenas o prelúdio desse único segundo (não era mais do que um segundo) com que o ataque começava. Esse segundo era naturalmente insuportável. Ao pensar depois naquele momento, quando outra vez bom, muitas vezes dissera a si próprio que aqueles relâmpagos e fulgores, lhe dando a mais alta percepção de autoconsciência e, por conseguinte, também de vida em sua mais alta forma. Não passavam de doença, isto é, de mera interrupção de uma condição normal. Portanto, não eram absolutamente a mais alta forma de existir e de ser, devendo muito ao contrário ser contada como a mais baixa. E acabava chegando, por último, a uma conclusão paradoxal. Que tem que seja doença? Que mal faz que seja uma intensidade anormal, se o resultado desse fragmento de segundo, recordado e analisado depois, na hora da saúde, assume o valor de síntese da harmonia e da beleza, visto proporcionar uma sensação desconhecida e não adivinhada antes? Um estado de ápice, de reconciliação, de inteireza e de êxtase devocional, fazendo a criatura ascender à mais alta escala da vivência?


Obrigado!

"O traço mais importante de minha vida é enganar-me constantemente com as pessoas" (Lisavieta Prokófievna)


Madona na família do burgomestre Jacob Meyer
Hans Holbein


Somos o virtual mais real do que nunca.


Todos sabem que só dizem a verdade aqueles que não são espirituosos.

Queria ponderar e decidir um passo a ser dado. Mas esse "passo" não era daqueles que se ponderam e sim daqueles que justamente não se ponderam e simplesmente se decide por ele. 



O Círculo Petrashevski foi um grupo de discussão literária
formado por intelectuais progressistas em São Petersburgo,
organizado por Mikhail Petrashevski,
um seguidor do socialista utópico francês Charles Fourier.





A vida é vida em qualquer lugar, a vida está em nós mesmos e não fora. Ao meu lado haverá pessoas, e ser homem entre elas e assim permanecer para sempre, quaisquer que sejam os infortúnios, sem perder a coragem nem cair no desânimo - eis em que consiste a vida, em que consiste o seu objetivo.






Em "O Idiota", Fiódor Dostoiévski constrói um dos personagens mais marcantes da literatura universal. Aos 26 anos de idade, o príncipe Míchkin é um homem de grande bondade e inocência, que mescla traços de Jesus Cristo e Dom Quixote.


(Foto: Eduardo Matysiak)


Leonardo Boff, com 79 anos, teólogo, escritor e professor universitário brasileiro, expoente da Teologia da Libertação no Brasil e conhecido internacionalmente por sua defesa dos direitos dos pobres e excluídos, impedido de visitar Lula, afirmou que não sairia até conseguir ver seu amigo, em Curitiba, em 2018.


Boff viajou a Curitiba para fazer um aconselhamento espiritual e entregar a Lula um cachecol vermelho que havia prometido para o ex-presidente, que está isolado em uma cela desde a prisão no dia 7 de abril, praticamente incomunicável.



Junto a ele, Adolfo Pérez Esquivel, Nobel da Paz, foi impedido. Há tratado internacional que garante aos detentores do Nobel da Paz o direito de inspecionar as condições de prisões. 



Hoje esse direito foi negado.






Pousados na grade, 
riscam, o silêncio, os pássaros.
Embalam meu sono.
(Elenir)





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