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31 de dezembro de 2014

Uma Opinião - Ano Novo... Vida Nova?: Angela Ellias

90% das pessoas vestem branco, comem lentilha e uvas, dão sete pulinhos no mar porque acham que isso trará sorte no novo ano. 

CRÍTICA: Muitas dessas pessoas nem sabem porque fazem isso. Fazem porque todo mundo faz. E isso é pura aparência, faz parte do mundo físico, material, é o exterior.  O que comer, o que vestir, pular no mar. Gente, isso é misticismo, engano, aparência. Atenção! Somos Espíritos. Olhemos para além da matéria, para nosso interior. Sim, romper com hábitos inconsistentes, enganosos, aparentes. Vamos nos voltar para o nosso interior, refletirmos como nos tornar melhores do que fomos até aqui. E como Espíritos em busca da perfeição, o que devemos fazer? Avaliar nossos erros e acertos. Pensar em como poderemos corrigir nossas imperfeições. Amar o próximo como a nós mesmos. Traçar nossas metas para o novo ano para podermos buscar “vida nova” no “novo ano”. 

SUGESTÃO: Não vamos seguir os 90% que vestem branco, comem lentilha, dão os sete pulinhos no mar e seguem ano após ano vivendo na superficialidade, valorizando as aparências, as conquistas financeiras, o consumismo. A “vida nova” continua ofuscada pela matéria, vida que muito pouco se renova. Abandonemos esses costumes que não levam a nada. Sejamos mais consistentes nas nossas ações. 




Façamos parte dos 10%, que buscam muito mais do que comer lentilha, vestir branco, dar pulinhos no mar. Sejamos menos materialistas, espíritos menos infantis, menos tolos. Agradeçamos o que possuímos, tracemos metas para nos aprimorarmos, amemos incondicionalmente sempre. Façamos todo e qualquer tipo de caridade, pois caridade é o “amor em ação”. Kardec já dizia “FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO.”


SUGESTÃO DE METAS PARA 2015:

JAN/15 – CORAGEM

Olhar para dentro de si, buscar o autoconhecimento, para assim darmos o passo inicial para o nosso aperfeiçoamento.

FEV/15 – COMPROMISSO

Com o lar, com a família, com o Grupo Religioso em que estamos inseridos, com a sociedade, com nosso Planeta.

MAR/15 – PACIÊNCIA

Virtude que devemos cultivar para termos saúde. 
Imediatismo nos liga à matéria; Paciência nos liga ao espírito. 

ABR/15 – PRECE/MEDITAÇÃO

Com o hábito da prece e da meditação estaremos prontos para o inesperado em nossas vidas. Estaremos com o psiquismo equilibrado para melhor enfrentar as adversidades.

MAI/15 – FÉ/ESPERANÇA

Estaremos preparados para o bom combate. Virtudes que lembram fidelidade. Aprender a esperar para agir no momento certo com sabedoria. Renovarmo-nos.

JUN/15 – REFLEXÃO

Refletir sobre nossa conduta. Sermos vitoriosos sobre nossas fraquezas, cultivando a persistência sobre o que queremos para nós, sabendo exatamente o que queremos. A reflexão nos traz as respostas que buscamos.

JUL/15 – SENSIBILIDADE

Olhar para o outro sem querer que o outro seja o que nós somos. Respeitar o próximo. Ser agente pacificador. Amar até o mais abjeto criminoso. Em encarnações passadas, fomos exatamente igual a esses criminosos. E melhoramos porque encontramos quem nos amasse e nos perdoasse.

AGO/15 – O NOVO

Caminhamos em busca da renovação, do novo, sempre em busca da perfeição que é a meta de todos nós, espíritos imortais, vivendo muitas existências (reencarnações), em busca da verdadeira felicidade, quando não necessitaremos mais viver num planeta de provas e expiações.

SET/15 – VONTADE

Fundamental na renovação de todos nós.

OUT/15 – A CURA DAS NOSSAS DOENÇAS

Curar nossas doenças, sermos nossos médicos. Curar o próximo também. Quando curamos o próximo, curamos também a nós mesmos.

NOV/15 – DAR E RECEBER

Abrir os canais do Espírito. Quem não dá, não recebe. Quando fazemos caridade, nunca estamos sós e somos sempre amados por nossos companheiros de jornada. Quando praticamos boas ações, os bons espíritos se aproximam e nos acompanham, nos ajudando cada vez mais, nos fortalecendo.

DEZ/15 – AUTOAVALIAÇÃO

Como foi nossa meta durante o ano, nossa conduta, nossas vitórias, nossas dificuldades, nossos erros e as correções que deveremos realizar. Como está nosso movimento de expansão para seguirmos em busca da perfeição, que é a meta de todos nós, espíritos imortais. 




20 de dezembro de 2014

Quatro Cliceanos entre os finalistas do Prêmio UFF de Literatura





As quatro Cliceanas
Em sua oitava edição, nesta quarta-feira, dia 17 de dezembro, a cerimônia de entrega do Prêmio UFF de Literatura voltou a ser realizada no teatro da universidade. Reinaugurado este ano depois de uma grande reforma, o espaço abriu as portas para o evento, no qual são revelados os nomes dos vencedores do já tradicional concurso literário, que, este ano, se inspirou na Copa do Mundo, com o tema “Aquele dia, aquele jogo”.

Destaques para:

  1. Benito Petraglia: 1º lugar na categoria Conto;
  2. Carlos Benites: 2º lugar na categoria Conto;
  3. Rita Magnago: 3º lugar na categoria Crônica;


Novaes/, Rita, Benito & Benites


Com tradução simultânea para Libras, a cerimônia de entrega do 8º Prêmio UFF de Literatura será realizada no dia 17 de dezembro, às 18h, no Teatro da UFF, Reitoria, Rua Miguel de Frias, 9, Icaraí, Niterói. O concurso deste ano teve como tema “Aquele Dia, Aquele Jogo”, utilizando o futebol como inspiração. As poesias, contos e crônicas dos autores selecionados integrarão a antologia a ser lançada neste dia, quando será conhecido o resultado final do concurso literário promovido pela Editora da Universidade Federal Fluminense (Eduff).


Os vencedores de cada categoria – conto, crônica e poesia – ganharão um notebook, além do Troféu Itapuca. Realizado em âmbito nacional, o prêmio contou com textos inéditos em forma impressa ou eletrônica. 



O Prêmio UFF de Literatura tem o patrocínio da Fundação Euclides da Cunha e da Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro, e apoio da Pró-Reitoria de Extensão da UFF e da Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio e Indústria.

11 de dezembro de 2014

Aluguel de e-books. Você acha uma boa ideia?

Uma gigante do mercado de livros, a Amazon, lança hoje, 11 de dezembro, um serviço novo: aluguel de até 10 livros por vez ao preço de R$ 19,90/mês. Se quiser outro livro, vai devolvendo o que já leu na mesma proporção.


A novidade chega no momento de férias da garotada e o bom é que os primeiros 30 dias são grátis. Dá pra gente experimentar e ver como flui na prática, que livros encontraremos por lá, se é muito cansativo ler em kindle ou aplicativos para iOS e Android. O que te parece? Deixe sua opinião no campo comentários.

Para ler a íntegra da matéria, clique aqui

3 de dezembro de 2014

Pesadelo: Ilnéa País de Miranda

Contar um sonho. Descrever um sonho. Um sonho sonhado dormindo. Ou quase. Mais que um sonho: um pesadelo. Ou quase. Que diferença? Falar sobre ele, ou outro qualquer, nem tão difícil. Existe algo além das palavras que deslizam da mente pela boca: o gesto, a expressão nos olhos, no rosto, no corpo de quem conta e a resposta de quem ouve, também no gesto ou não, na expressão dos olhos, do rosto, do corpo - ou não - e a interferência, o interesse... É como no teatro. O contador é o ator; o ouvinte a platéia - mesmo sem espectadores presentes: há sempre energia nas poltronas de um teatro - e no palco - e na coxia. Personagens e platéia, sempre lá, de alguma forma.

Mas escrever um sonho, eu, a lembrança, a caneta e o papel...apenas isso e nada mais que eu mesma e o meu sentimento, e o meu susto...fica difícil. Nem sei por onde começar. Quem sabe seja melhor começar antes do começo, se é que isso é possível. Começar dizendo que fui deitar sozinha e ocupar uma estreita faixa da cama larga. Televisão ligada. Quase duas da madrugada. Janela - toda de vidro, com a cortina corrida. Olhei para o lado oposto: lá estava a bolsa amarela de nylon com o 38 dentro.  Me incomoda: acho paranóia dormir com revolver pendurado na cama ou andar com ele pela casa. Sempre me vem à cabeça histórias de acidentes com pessoas queridas e posteriores desesperos por perdas irreparáveis. E não é que não saiba usá-las- as armas, digo. Quer dizer, sabia pelo menos. De há muito não as toco. E continuou lá.

Televisão quase sem som, no timer para 60 minutos. resolvi, senão meditar, tentar relaxar, deitada mesmo, dentro do triângulo colorido. E me senti como levitando, sentada dentro de uma pirâmide, suficientemente grande para me conter, quieta. Eu levitava- eu levitava? A pirâmide levitava a alguns centímetros do colchão. E era toda feita de correntes de metal, grossas pesadas, coladas umas às outras. O me sentir suspensa me agradava: não me agradavam as correntes. Queria continuar levitando, por minha própria força. Mas não queria as correntes. E tentei me livrar delas sem desespero, só com o pensamento. Consegui, mas me desestruturei toda. E despenquei na cama, dentro do meu corpo.

E olhei a janela. Não havia cortinas. E não era noite. Estava claro. E lá estava o homem. Forte, claro, não muito alto. Roupa comum, rosto comum, braços cruzados sobre o peito e sorriso sacana, me olhava através do vidro fechado da janela. Não senti que realmente me quisesse agredir fisicamente, mas me sacanear profundamente e me levar ao pânico, ao desespero. Por instantes fiquei olhando aquela cara debochada, sem conseguir nem respirar. Lembrei de Antonieta, minha empregada, que dormia no outro quarto, não por hábito, mas por acaso, me fazendo companhia porque ... disso porém não lembrei. Quer dizer, lembrei de Antonieta, de que ela estava no outro quarto, mas não lembrei porque. E via o homem parado, me olhando através do vidro fechado da janela. O sorriso cretino, o mesmo. Ele não falava, mas era como se eu pudesse ler seu pensamento. Não se movia, mas eu sabia que a qualquer momento ele iria estar dentro do meu quarto. Queria gritar e sufocava. Não podia respirar. Doía a garganta, doía o peito. "Antonieta! Acorda e me socorre!" Nada. Não havia voz. Nem ar . E ele me olhava da janela. Aconteceu, meu Deus, aconteceu. Que é que eu faço agora? Aquele sorriso cretino, aquele olhar obsceno. O que é que eu faço? o que é que eu faço? O revolver. Não me lembro como, mas, de repente estava em minhas mãos. E eu apontei na direção do peito do homem que ria, mais com os olhos que com a boca. Cada vez mais confiante de seu poder sobre mim. E da minha fragilidade, do meu pavor. O primeiro tiro raspou o braço - continuavam os braços cruzados: nada mudara nele ou em sua posição durante todo o tempo - e lhe entrou no peito. Feriu quase nada. Desdém. Ele desdenhou a mim, a minha atitude, minha pretensa coragem de tentar enfrentá-lo. Seu sorriso era quase galhofa. "Que adianta? Você tem uma arma, mas sua munição é fraca. Não adianta. Pode atirar quanto quiser. Não vai conseguir se livrar de mim." Mais um tiro. Mais outro. O grito não saia, o meu grito é que me sufocava o peito. Meu Deus quero gritar eu preciso gritar senão meu grito me sufoca. Antonieta, é dia, por que você não aparece? está dormindo? por que dormindo? E, de repente, ele estava ali, não sei como pois a janela continuava fechada, o dia lá fora, o grito no peito, o revolver na mão direita, um telefone na mão esquerda: chamar a polícia 189, 189, o número que não conseguia discar e o sorriso e o olhar desdenhoso e o pânico e o pavor e os braços dele já não mais cruzados mas em volta de mim sem me tocar mas me impedindo qualquer forma de fugir do desespero! e vi Antonieta, também no meu quarto. Ele não via. Só continuava me olhando, me dizendo que, se quisesse  eu não me livraria nunca daquele abraço que eu não queria, que pressionava, que oprimia,
que não deixava viver, nem respirar, nem gritar - eu não podia nem pedir socorro. Mais um tiro, mais outro e mais outro. Nada. O sorriso, o olhar, o desdém  "Você não consegue, não consegue." Vou morrer. Não vou ser morta. Ele não vai me matar mas vai me fazer morrer. Preciso gritar, preciso gritar para não morrer sem ar. Antonieta tem um telefone e ele não vê. Eu vejo. Eu sei: a polícia já vem. Mas eu preciso gritar. Se eu gritar eu venço esta. E tento. E tento mais uma vez olhando todo aquele desdém e grito, e grito forte e alto e de verdade.

"Dá uma paulada na cabeça dele Antonieta!

Ë acordo no meio do grito, mas não paro. Termino o grito e ouço grito ainda. E espanto o pesadelo.

Respiro.

Não morri. Não ainda. Não dessa vez.

A televisão continua ligada. O filme continua.

A janela continua fechada. As cortinas continuam corridas. A porta do quarto encostada. A noite continua.

Silêncio.

Quanto tempo faz que levitei na pirâmide de correntes? Parece tanto...

Penso em levantar para ver se tudo está bem. Em telefonar para ... quem? Bobagem. Um sonho mau. Só isso. O sonho mau acabou. Posso dormir. Gritei. Respirei.

No cantinho da tela aparece 25. Tudo então não durou mais que 35 minutos. O pesadelo muito menos: ninguém fica tanto tempo sem respirar. Adormeci. Não sonhei mais. Acordei, fui caminhar ainda noite. Vi o dia amanhecer na praia. Sem medo.

O rosto continua. Os braços cruzados, o sorriso sem riso; o olhar desdenhoso ainda me faz pequena e frágil… de algum lugar…

… ah, como é difícil gritar.

Niterói… há algum tempo atrás...




2 de dezembro de 2014

Carmen - A Bananera

Qual o perfil das "Carmens" do Sec XXI?
Ando revendo perfis...
Isso poderia acontecer à Carmen?
Um romance de mistério envolvendo personagens "Transgressores e anarquistas?
Quais seriam os adjetivos ou as fatalidades?
Isso poderia ser um roteiro atual?
O que é transgressão e traição no SEC XXI? O que é piegas e o que seria violência?




Carmen - a fascinação pelo mal

Habanera en dos etapas



Carmen, há tempo ainda,
Ó minha Carmen, deixe-me
Te salvar, eu, que te adoro
E me salvar contigo





Carmen is a novella by Prosper Mérimée, written & 1st published in 1845. It has been adapted into a number of dramatic works, including the famous opera by Georges Bizet. According to a letter Mérimée wrote to the Countess of Montijo, Carmen was inspired by a story she told him on his visit to Spain in 1830. He said, "It was about that ruffian from Málaga who had killed his mistress, who consecrated herself exclusively to the public...As I have been studying the Gypsies for some time, I have made my heroine a Gypsy." An important source for the material on the Romani people (Gypsies) was George Borrow's book The Zincali (1841). Another source may have been the narrative poem The Gypsies (1824) by Alexander Pushkin, which Mérimée would later translate into French prose (Briggs 2008). The novella comprises four parts. Only the 1st three appeared in the original publication in the 10/1/1845 issue of the Revue des Deux Mondes (Robinson 1992); the 4th 1st appeared in the book publication in 1846. Mérimée tells the story as if it had really happened to him on his trip to Spain in 1830.