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10 de dezembro de 2021

Depoimento de Ceci Lohmann



Evandro

Ainda madrugada; levanto-me tomada por uma brisa inquietante. Bebo água, caminho pela casa e penso: algo me incomoda. Então lembro-me de que teria de preparar um material amanhã bem cedo.

Instintivamente vou para o computador e vejo mensagens. Pensei... vou pesquisar o blog do CLIc. E, talvez pela calma dessa hora, ou mesmo pelo desejo de flutuar em outras paragens que não as psicanalíticas, me detenho... vou pesquisando e encontrando um novo olhar... observo o primor com que as postagens são apresentadas, a delicadeza dos relatos referentes aos livros que lemos ou leremos, a riqueza das análises. Penso quão pouco tem-se comentado com mais ardor sobre essa tarefa.

Resolvo remexer no blog, ver outros cantinhos, descobrir novos caminhos. Curiosa como sou, lá vou eu para o Clube da Lua. Leio todos os itens, mesmo aqueles dos quais só entendo uma ínfima parte, tal como se conhece o universo. Encontro explicações sobre Radioastronomia, o Céu do Mês, os links (dentre eles  artigos sobre "Física e Arte", "O cientista como poeta"), enfim tantas coisas interessantes que foram um bálsamo para minha inquietação. Lembrei-me de um autor, W Bion, e a afirmativa de que o mundo psíquico (mente) deve ser compreendida "sem memória e sem desejo" ou seja, mesmo que algo não esteja sendo compreendido, estamos a caminho do entendimento. Assim também, quanta coisa que eu não percebia, nem mesmo me detinha, tornou-se possibilidade de conhecimento.

Queria agradecer-lhe, bem como à Cíntia, o primor dessas postagens, que só podem ser fruto do amor de vocês não só pelo CLIc, mas pelos ser humano em seu todo.

 Bem, é hora de preparar meu material.  Bom dia!

                                                              Com gratidão   Ceci  


4 de dezembro de 2021

A dádiva do presente: Vânia Damasco

 



No calendário, o dia de ontem se foi! 

 

Na alma nem sempre é possível deixar pra trás o pesar de ontem.

 

Pode o dia ficar assombrado por restos desgraçados, 

 

Apegos infernais que envenenam a aurora do dia. 

 

Viva o dia dos mortos! 

 

Que possam ir sem que a natureza conspire o reinado dos míopes.

 

Que a luz incida sobre o tesouro das manhãs

 

Revigorando sonhos e fantasias 

 

Viva o dia dos mortos! 

 

Para além dos túmulos, viva!

 

Viva! 

 

Seria insuportável não saber morrer!

 

Viva o dia que se anuncia! 

 

Acolher a dádiva do presente é um luxo!