Fundado em 28 de Setembro de 1998

30 de maio de 2014

Sorria, CLIc!



Acaba de sair a edição de junho e julho da revista Sorria com matéria sobre Clubes de Leitura no Brasil. A tiragem à venda em âmbito nacional é de 180.000 exemplares. O CLIc está lá!


Leitura em ação


Excerto da matéria



29 de maio de 2014

Revivendo leituras passadas: Nove Noites - Bernardo Carvalho


Alguns tópicos discutidos na reunião de 3/9/2010:

A recorrência do suicídio na obra. A questão se somos nós que escolhemos o que fazemos em nossa vida ou se é o assunto que nos escolhe, como foi o caso da notícia de jornal que levou o narrador a pesquisar a vida do antropólogo e escrever o livro. A tessitura real/ficção que permeia toda a obra e que deve ter sido uma questão chave do autor na hora de finalizar a obra. Ex: e se descobrissem um sobrinho que viesse a invalidar os pontos chaves que o autor usou na construção da obra? E se encontrassem a tal da oitava carta? Mencionou-se uma numerologia relacionada ao número 9 que não ficou bem esclarecido (o tempo foi curto para todos falarem à vontade, mas podemos prosseguir por aqui). Alguns destacaram o ritmo da escrita do autor, como se fosse texto de cordel, outros a linguagem jornalística usada. A frase “os vivos são governados pelos mortos” foi identificada pelo nosso exegeta como originária de Augusto Comte, com a diferença de que, em francês, a frase é escrita como “les morts sont dominés par les vivants”. Ou seja, trocaram dominados por governados. Deve ser porque muitos pensam que essas palavras são equivalentes. Aproveitou-se, também, da exposição que ocorre no Centro Cultural Banco do Brasil, Expedição Langsdorff, para se fazer um paralelo com a nossa leitura; da aventura que era esse tipo de aventura pelo interior do Brasil, tão pouco conhecido por nós brasileiros, e os casos de loucuras e mortes que se conhecem. Alguns pontos científicos relacionados à confusão entre costumes indígenas e sintomas sifilíticos foram falados mas não entendi muito bem: a aguardente do prof. Mauro estava muito boa ontem.

Composição EdUFF.
Ontem tivemos a visita de nossa participante que mora na Alemanha, e tem nos frequentado sempre que está de férias no Brasil.

Está ficando bonita a Livraria da EdUFF. A previsão é de inauguração em Dezembro/2010. Pena que não ficou pronta a tempo para comemoração de nossos 2 anos de encontros na EdUFF, que está ocorrendo neste mês de Setembro.

Parabéns a todos que fizemos o Clube de Leitura nesses 2 aninhos de existência na EdUFF!


Tem BEL CLIC novo para o 4º Salão da Leitura de Niterói: Rita Magnago


22 de maio de 2014

Sucesso do cinema no Clube de Leitura Jovem




Depois da estreia com A menina que roubava livros, em abril, o Clube de Leitura Jovem traz outro sucesso do cinema em sua segunda edição. O best-seller As vantagens de ser invisível, de Stephen Chbosky, é tema de debate do próximo encontro, que será realizado no dia 22 de maio, às 18h, na Livraria Icaraí (Rua Miguel de Frias, 9, em Niterói). O evento é voltado para leitores entre 13 e 18 anos e a entrada é franca.

Narrada em primeira pessoa, a trama acompanha diversas fases da vida do protagonista através de cartas escritas por ele a um amigo anônimo. Nelas, Charlie se mostra um adolescente em confronto com a própria história, ora como um personagem invisível à espreita por trás das cortinas, ora como o protagonista que tem de assumir seu papel no palco da vida.

As dificuldades do ambiente escolar, as descobertas dos primeiros encontros amorosos, os dramas familiares, as festas alucinantes e a eterna vontade de se sentir “infinito” ao lado dos amigos são temas que enchem de alegria e dúvida a cabeça do protagonista em fase de amadurecimento. O romance aborda questões como introversão, sexualidade, drogas e outros assuntos comuns na adolescência. Além disso, conforme a história avança, também são mencionadas diversas obras da literatura, do cinema e da cultura pop em geral e discutidos seus significados.

O autor, Stephen Chbosky, levou cinco anos para escrever o romance, inspirando-se em lembranças de sua própria juventude para criar as personagens e outros aspectos importantes da história. Apesar do sucesso comercial, o livro foi banido de algumas escolas públicas dos Estados Unidos. Mesmo assim, foi acolhido por adolescentes de todo o país e se mantém popular até a atualidade. Em setembro de 2012, transformou-se em longa-metragem homônimo, dirigido e roteirizado pelo próprio Chbosky, com Logan Lerman e Emma Watson interpretando as personagens principais. A adaptação cinematográfica da obra foi bem recebida pela crítica e pelo público.


12 de maio de 2014

"Do assombro e do provável" - Opinião de uma leitora



“Pretendo ser apenas eu”. Assim diz Dilia Gouveia, na voz de Hamlet, em seu mais recente livro, Do assombro e do provável. Neste ponto marco a página 21, olho para cima, olho para dentro e ... começo a viagem. Ser apenas você mesmo não é nada fácil.

Pouco à frente, na página 25, emprestando voz à Clarice, nos escreve Dília: “Quando se vive uma parte da existência à superfície de todas as coisas e de si mesmo; à revelia das potências mais vigorosas; fazendo de conta que se vive no melhor dos mundos, corre-se o risco de a qualquer momento se romper esse véu que tudo escondia e se entrar em contato com um outro mundo. Dessa experiência, se inaugura a outra metade de nossa existência, ou não, dependendo do que se quer fazer de si”.
O que quero fazer de mim? Prossigo em meu monólogo dialético.

E assim fui por todo o livro, movida pelas instigações e provocações de Dília, encantada com a mestria com que nos envolve em uma conversa tão absurda quanto provável, pois que a imaginação tudo pode, inclusive criar uma nova realidade.

Clarice, Hamlet, criador e criatura outra, tão estranhamente próximos quanto nós (pronome pessoal) de nós (substantivo plural), emaranhados em tantas malhas, permeados por tantos devaneios, tentando travar diálogos mudos em torno deste fogo que nos arde aqui dentro e nos move rumo a tantos desejos inconfessos.

Dília, querida, amo seus livros e adoro você. Parabéns!


8 de maio de 2014

“A Questão Ucraniana” – Trotsky

[Trotsky*  -  Socialist Appeal, 22 de abril de 1939]

A questão ucraniana, que tantos governos, tantos “socialistas” e até mesmo “comunistas” têm tentado esquecer ou relegar aos baús profundos da história, foi posta mais uma vez na ordem do dia, e desta vez com força redobrada…
Na visão do antigo Partido Bolchevique, a Ucrânia Soviética estava destinada a se tornar um eixo poderoso, em torno do qual os demais segmentos do povo ucraniano se reuniria. É inquestionável que, no primeiro período de sua existência, a Ucrânia Soviética exerceu uma poderosa força de atração, inclusive nas questões nacionais, tendo se levantado para combater os trabalhadores, camponeses e a intelligentsia da Ucrânia Ocidental, escravizada pela Polônia. Durante os anos da reação Termidoriana, entretanto, a posição da Ucrânia Soviética, e a forma como a questão ucraniana como um todo foi posta, mudou drasticamente. Quanto mais profundas as esperanças despertadas, maior a desilusão. A burocracia estrangulou e saqueou o povo dentro da Grande Rússia também. Mas na Ucrânia as coisas se tornaram mais complicadas em virtude do massacre das esperanças nacionais. Em nenhum outro lugar as restrições, expurgos, repressões e formas diversas de vandalismo burocrático, assumiram feições tão violentamente criminosas quanto na Ucrânia, na luta contra os fortes e arraigados anseios de suas massas por maior liberdade e independência…
Não resta um vestígio sequer da antiga confiança e simpatia das massas ucranianas ocidentais pelo Kremlin. Desde o último “expurgo” criminoso na Ucrânia, ninguém no Ocidente quer fazer parte do feudo do Kremlin que ainda carrega o nome de Ucrânia Soviética. As massas trabalhadoras e camponesas na Ucrânia Ocidental, na Bukovina e na Carpatho-Ucrânia estão confusas: Para onde ir? O que reivindicar? Esta situação faz com que a liderança naturalmente acabe nas mãos dos círculos mais reacionários, aqueles que expressam seu “nacionalismo” tentando vender o povo ucraniano a um ou outro imperialismo, em troca de uma promessa de uma independência fictícia…
Para o Kremlin e seus cálculos internacionais, partes do povo ucraniano transformaram-se em mero troco. A Quarta Internacional deve compreender com clareza a enorme importância da questão ucraniana para o destino não somente do Leste e Sudeste Europeu, mas para a Europa como um todo. Estamos falando de um povo que demonstrou sua viabilidade, que é numericamente igual a população da Franca, que ocupa um território excepcionalmente rico que, ademais, é da mais alta importância estratégica. A questão do destino da Ucrânia está posta em toda a sua amplitude. Precisamos de um mote claro, definido, que corresponda à nova situação. Na minha opinião, só pode haver agora um tal mote: Uma Ucrânia Soviética dos trabalhadores e camponeses – unificada, livre e independente.


-     Tradução José Eisenberg, revisão Antonio Engelke.

* Trotsky era ucraniano.

6 de maio de 2014

Aos escritores do Clube de Leitura Icaraí: Profª Lilian Azevedo


Queridos amigos do Clube de Leitura de Icaraí,

Mesmo para quem ainda não lançou seu livro na Cora Coralina, gostaria de informar que estamos organizando uma mesa redonda para o 4º Salão da Leitura de Niterói para discutirmos o papel educativo das Bibliotecas na formação de leitores e no lançamento de novos autores niteroienses.

Gostaria muito que vocês discutissem no Clube sobre como podemos contar com os autores e os membros do Clube neste dia: 02/06 às 18h.

Gostaria ainda de saber se podemos fazer um evento de divulgação dos autores do Clube ainda este mês de Maio na Cora Coralina.

Vocês podem sugerir a data?

Para nós precisa ser de 18 às 20h.

Um abraço,

Lilian



ATENÇÃO ESCRITORES!

VOCÊS QUE LANÇARAM SEUS LIVROS NA NOSSA BIBLIOTECA

FAVOR ENTRAR EM CONTATO "URGENTE" PARA SUA PARTICIPAÇÃO NO 4º SALÃO DA LEITURA DE NITERÓI.

TELEFONE: 2717-3289


Profª Lilian Azevedo 

Cel: 55 21 96811133

3 de maio de 2014

Bom Findi, CLIc! - Elenir

Ainda e sempre Gabriel Garcia Marques


Para vocês, três lições extraídas do livro "Como  contar um conto", que transcreve uma das oficinas ministradas pelo escritor:

1ª lição: "Para que o tema arrebate o leitor, o autor precisa ser arrebatado primeiro. A melhor história que um autor pode contar é a que mais o apaixona."

2ª lição: "Um ficcionista deve conhecer e saber resumir sua história tanto quanto conhece o conto do Chapeuzinho Vermelho".

3ª lição: "Só devemos sentar para escrever quando soubermos o  que acontecerá com os personagens até o fim. Procurar pelo eixo antes de escrever. Custe o que custar". 




Embora ele reconheça que o método criativo é pessoal e intransferível.
Você concorda com as lições de Gabriel Garcia Marques ? 

Qual é o seu método?


PROSA & VERSO

José Castelo, comentando a escrita de Eliane Brum, diz:

"A escrita de memórias, como em "Meus Desacontecimentos," funciona como uma cola que vem remendar o que se esfarelava."  

E ainda:

"Lembranças não são fatos, mas restos retrabalhados. A memória não é o que aconteceu, mas algo que se faz do que aconteceu". 

E ainda:

"Nada do que se escreve pode ser apagado. Esse é o grande risco que a palavra envolve: ela não se revoga, mesmo quando é negada fica como cicatriz. Fica uma marca que designa uma existência."  

E ainda:

Eliane Brum em suas andanças como repórter comoveu-se com os homens que lhe disseram: "Sou cego das letras". Ela medita: "Era como expressavam em voz sentida sua condição de analfabeto." 

E ainda:

"Estamos eternamente a gaguejar, nunca chegamos às palavras certas, mas sem elas não existimos." 

E eu digo:

VIVA A PALAVRA! VIVA A ESCRITA!


Desejo-lhes um bom fim de semana, com  com muita LUZ, excelentes leituras e muita criatividade!

Abraços


2 de maio de 2014

4º Salão da Leitura de Niterói: Profª Lilian Azevedo

Prezad@s colegas,

Até esta data ainda não conhecemos a Programação do 4º Salão da Leitura de Niterói. Em todas as audiências com a FME/SME o Sepe - Niterói reivindicou participar da organização do Salão porque entende a sua importância na definição das políticas públicas para a leitura no nosso município.

O Salão não é e não pode ser apenas um espaço para o recebimento de autores, exposição e vendas de livros, eventos culturais e encontro de leitores. O Salão também precisa ser um espaço de discussão, reflexão e formulação de propostas para a política de incentivo à leitura nas escolas municipais, nas Bibliotecas públicas, nos espaços não formais de educação e precisa também privilegiar o debate sobre a política de investimento público na aquisição de acervo e na formação de professores e de bibliotecários da nossa rede. 

Há anos e desde o 3º Salão nós reivindicamos a realização da I Conferência Internacional de Leitura de Niterói, onde poderíamos discutir e elaborar propostas para as políticas de incentivo à leitura na nossa cidade, mas parece que a Comissão organizadora ainda não se dispôs ouvir o Sindicato. 

É importante que não só o Sepe, mas todos os profissionais apaixonados pela leitura se interessem pela proposta de programação do 4º Salão e tentem discutir com a Comissão organizadora a possibilidade da realização da Conferência. 

Precisamos todos insistir com o governo sobre o cumprimento da Lei 12.244/10, pois nos parece inconcebível para uma cidade com a vultuosa arrecadação que tem Niterói dizer que o município não está em dívida sobre as Bibliotecas Escolares/BEs, justificando que a Lei concede um prazo de 10 anos para que as elas sejam implantadas. Nos parece também bastante incoerente com o discurso de que a educação da nossa cidade vive hoje um dos seus "melhores momentos", o fato de que até agora não há sequer uma Comissão formada para a discussão de projetos que visem o cumprimento da Lei até 2020. 
Claro que o debate aqui não se pauta em culpabilizar este ou aquele governo, mas de tentar sugerir e encontrar alternativas de agilização não só do debate, mas da formulação de políticas públicas que garantam recursos financeiros, materiais e humanos para a implantação das BEs. 

A escola pública que não dispõe de uma Biblioteca Escolar, com projeto de incentivo à leitura amplamente discutido e formulado democraticamente, realmente não tem como se reivindicar integral e de qualidade.
Por isso, precisamos nos envolver e ampliar a participação na organização do Salão.

Para além do debate sobre as políticas públicas de incentivo à leitura literária, algumas perguntas que são importantes à organização do Salão:

  • será que o Clube de Leitura de Icaraí que há 15 anos promove a leitura literária em Niterói foi convidado?
  • e o Proale/Faculdade de Educação-Uff, que é membro do Juri da FNLIJ e que vem desenvolvendo inúmeros projetos de extensão no campo da formação de professores e de assessorias a tantos municípios do Estado do RJ na orgabização de BEs, será que foi convidado para contar a sua história e promover projetos também com a rede municipal de Niterói?
  • a Roda Cultural do Engenho do Mato é um projeto popular que não pode faltar no Salão
  • a educação artística e a promoção da educação visual também não poderiam ficar de fora do Salão...

Enfim, são inúmeras as questões que poderiam ser discutidas se a Comissão organizadora do Salão se dispusesse a ampliar a participação.

​Em anexo envio documentos que podem nos ajudar na discussão sobre o tema.

Saudações,​