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22 de janeiro de 2018

Livro: Quase Memória, de Carlos Heitor Cony

Olá queridos!
Reproduzo o post que fiz no meu blog Mar de Variedade.
Venho falar sobre esse ótimo livro de memórias sobre o pai do autor.


Sinopse da Amazon: " 'Para o jornalista Carlos Heitor Cony. Em mão.' A breve inscrição no envelope recebido num hotel do Rio de Janeiro desencadeia no autor uma série de conexões. Não havia dúvida: pelo arranjo do material, pela caligrafia, pelo nó do barbante, aquele embrulho — provavelmente um livro — era uma entrega enviada pelo próprio pai. O insólito é que, em 1995, ano em que se consumou a encomenda, o pai de Cony já estava morto havia uma década.

A partir daí, se descortinam acontecimentos, reminiscências dos anos 1940 e 1950 de um Rio de Janeiro nostálgico, que o pai também ajudou a abrilhantar. Volta à mente do escritor uma época com cheiros, visões e anedotas compartilhadas com o jornalista Ernesto Cony: um inventário de histórias que revela a vida de menino, os pequenos milagres no voo de balões, a beleza dos atos simples e, mais do que tudo, a cumplicidade entre pai e filho.

Publicado em 1995, Quase memória marcou a volta de Cony às grandes narrativas depois de mais vinte anos. Rompendo limites entre gêneros e situado em algum ponto entre a ficção e a memória, o livro rapidamente se tornou sucesso de crítica e público e ganhou, em 1996, o Jabuti de Melhor Romance e o Prêmio de Livro do Ano."



Na adolescência, havia lido um livro do autor "Uma história de amor", pelo qual me apaixonei.
Voltei a ter contato com sua escrita agora, através do Clube de Leitura Icaraí. Mais uma vez me apaixonei pela sua escrita. 
Infelizmente, o autor nos deixou esse mês.
É difícil um livro ser unanimidade no Clube, mas esse foi. Não é à toa que foi tão premiado.
O autor consegue escrever um livro de memórias sobre o seu pai, de forma muito interessante, relatando sua vida no Rio de Janeiro e em Niterói. 
Ele começa o livro dizendo que recebeu um embrulho, dez anos após o falecimento do seu pai, endereçado a ele. Ele tinha certeza que era de seu pai.
Cada vez que ele pega e olha o embrulho, ele vai se lembrando sobre o seu pai, sobre a educação que ele lhe deu e também aos seus irmãos e vai nos contando. 
Relata um pouco da época em que o autor foi seminarista. Fala ainda da vida do pai como jornalista e a sua, também. 
Há partes no livro em que a gente se emociona e há partes muito engraçadas, também, pois seu pai era uma "figura", do tipo que gostava de pegar manga do cemitério. 
Uma frase do seu pai que me marcou foi:
"Amanhã farei grandes coisas!"
Realmente, um livro marcante.
Recomendo!