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5 de janeiro de 2023

Tudo é rio: Carla Madeira




O amor é alegre, se não é alegre não é amor. 




De largada a escrita é fácil, tornando o livro "devorável". No final vejo que o que menos importa no conteúdo é o triângulo amoroso. Ele só é usado como ferramenta para mostrar todas as personagens do livro e montar um pano de fundo. As personagens é que importam. Cada uma tem um caráter diferente que fascina e mostra uma gama de sentimentos humanos: amor, ódio, ciúme, vaidade, luxúria, arrogância, violência, alegria, tristeza, egoísmo, dor, paciência e por aí vai.

Temos uma mãe que é a bondade e a consciência para todos. Também queria uma Aurora na minha vida. É muita sabedoria e uma receita infalível para se viver bem e feliz. Essa personagem faz o próprio papel de um deus bondoso e bom conselheiro.

Quem perguntou se é possível perdoar Venâncio? Acho que se o final fosse outro, a maioria não perdoaria. Mas nesse final "tudo é flores", fica difícil não perdoar. Ele pagou por muitos anos por um crime incitado por um dos nossos piores defeitos: o ciúme. Mas a autora manipula de forma que o perdão seja possível.

Sei que Solange e Rosemary não vão gostar, mas mais uma vez, o final é totalmente irreal, apesar de eu ter adorado. Quem não gosta? Mas na vida real seria impossível. Só é factível no livro porque o que realmente a escritora quer falar é sobre o ciúme e o perdão. E sem esse final o perdão não seria possível.

Mônica Ozório


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