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20 de novembro de 2020

Salve lindo pendão!


Nos dias que se seguiram à partida da Bebel, você me mandou esse belíssimo trecho de uma carta de Proust a George de Lauris. Hoje, a cada lembrança do aniversário dela, compreendo mais profundamente o que Proust queria dizer. 
 

"Agora posso lhe dizer uma coisa: você conhecerá doçuras em que ainda não pode acreditar. Quando tinha sua mãe, você pensava muito nos dias de hoje, em que você não a teria mais. Agora você pensará muito nos dias em que a tinha. Quando se habituar a essa coisa horrível que está para sempre no outrora, então a sentirá reviver pouco a pouco, voltar para assumir seu lugar, seu lugar pleno junto a você. Neste momento, isso ainda não é possível. Fique inerte, espere que a força incompreensível (...) que o partiu o alivie um pouco, digo um pouco porque você conservará para sempre algo de partido. Diga também isso a si mesmo, pois é uma doçura saber que jamais amaremos menos, que nunca nos consolaremos, que nos lembraremos cada vez mais."







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