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3 de fevereiro de 2020

Você já leu? O que achou?

A água estava clara: Carlos Rosa

Mário de Andrade, Câmara Cascudo, Sérgio Buarque de Holanda, Darcy Ribeiro, Gilberto Freyre, Caio Prado Júnior, Florestan Fernandes e outros, são grandes nomes esquecidos. Homens que traduziram o Brasil e seu povo e os colocaram no papel. Estão cada vez mais esquecidos porque fazem parte  da cultura brasileira, paulatinamente destruída. Por isto escrevi, em "A água estava clara", uma humílima crônica, "Alguma coisa acontece". É a descrença no futuro, caso a coisa continue. (Carlos Rosa)




"Dá para a gente passear por Icaraí junto com Carlos, usufruindo da paisagem, da beleza da cidade. 

'O piano do Tom, no intervalo das estrofes, me faz imaginar um casal a passear de mãos dadas.' (Momento, p. 146)" (Cyana)

"Já iniciei a leitura de "A água estava clara" e estou saboreando cada crônica feito aquela comida que a gente mais gosta. Meu livro já está cheio de grifos. Vejam esse: "Recorro à memória para ver as pedras daquele trecho sem vento, e o dia em que ficamos parados, Luísa, na calmaria do mar e do tempo" (que lindo!). Outro: "São profissionais em vias de extinção, os vassoureiros, os afiadores de facas, os funileiros, os vendedores de pirulito a bater uma alça de metal na madeira para chamar a criançada...são coisas que vão ficando ontem" (construção de frase bem original; lembranças que são minhas também, pois vivi esse tempo). Só mais uma: "Eu tenho cá meus casos, histórias humildes dos meus mares; ele tem oceanos" (poesia pura). Bjs. para a turma do Clube de Leitura Icaraí." (Angela Ellias)



Vivências em Biblioterapia: Cristiana Seixas





Obras debatidas no CLIc cujas citações compõem o tear apresentado pela autora em seu livro:

  • A montanha, o mar, a cidade: Carlos Rosa Moreira;
  • O primeiro homem Albert Camus;
  • Equador: Miguel Sousa Tavares;
  • As nuvens: Juan José Saer;
  • A paixão segundo G. H.: Clarice Lispector;
  • Livro do desassossego: Fernando Pessoa;
  • Pequenas Epifanias: Caio Fernando Abreu;
  • A caixa-preta: Amós Oz;
  • Infâmia: Ana Maria Machado;
  • Eu menina, toda prosa... e alguma poesia: Ilnéa País de Miranda;
  • O homem comum: Philip Roth;
  • Vermelho amargo: Bartolomeu Campos de Queirós;
  • A máquina de fazer espanhóis: valter hugo mãe;
  • O rochedo de Tânios: Amin Maalouf;
  • As mulheres do meu pai: José Eduardo Agualusa;


QUE MOSAICO!







"Nas práticas do cuidado através da literatura, uma fonte inesgotável de informação, faz a gente querer trabalhar com biblioterapia também. 

'As artes em geral ( literatura, pintura, música, dança e outras expressões) são modos de visitar nossa loucura e dar um receptáculo para as imagens que nos governam.  Uma via possível para a sanidade.' ('Costurando com linhas psicológicas', p. 110)" (Cyana) 









Ainda não leu? 

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Vivências em Biblioterapia: Cristiana Seixas - R$ 50,00

A água estava clara: Carlos Rosa - R$ 30,00


Bastou anunciar os livros, olha o que aconteceu com as visualizações do blog


4 comentários:

  1. Conversava com Newton sobre a definição de crônica e ele me disse algo como você ser capaz de transmitir num texto aparentemente simples, que fala do dia a dia, emoções que desconhecia naquelas mesmas cenas banais, de sensibilizar o leitor para as pequenas coisas que fazem toda a diferença em sua vida. Eu concordei com essa interpretação e justamente ela se materializou quando li, com muito prazer, “A água estava clara”.

    Uma delícia conhecer as lembranças com cheiro de maresia de Carlos Rosa. Tantas passagens bonitas, tantas estórias emocionantes. Como Ângela, grifei várias passagens, inclusive algumas em comum com esta querida leitora. Deixo aqui uma das que mais gostei, da crônica “A água está clara”, pág 39/40.

    “ Pensamos ser muito especiais em relação à natureza, mas cá estou neste mundo para cumprir a mesma missão de um ser bentônico que se arrasta entre conchas e areia no fundo do mar. Tanto ele quanto eu passaremos e ficarão apenas nossos restos no mundo. Minha vantagem são as lembranças, pois deixei pegadas nessas pedras, deixei rastros nas águas e o sol que me queimou fixou minha sombra na areia. E essa sensação de perenidade é o bastante para mim.”

    Um grande abraço para você Carlos, e obrigada por nos mostrar e nos relembrar tanta beleza cotidiana que por vezes não enxergamos.

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  2. Muito obrigado a Angela, Newton e Rita pela leitura. Obrigado por compartilhar comigo essas crônicas.
    Carlos.

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  3. Terminei a leitura do livro Vivências em biblioterapia. Muito bacana, recheado de exemplos, situações-problemas-soluções, um livro que dá um ânimo na gente, joga pra cima e repleto de belos textos. Bom para todo tipo de público. Parabéns, Cris.

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  4. Oi Rita, obrigada por suas palavras. Levarei alguns exemplares do livro na reunião dia 10 para possíveis interessados.

    Ontem, o círculo de biblioterapia foi com o livro do Carlos Rosa: "A água estava clara", com presença do autor, de Gracinda, Wanderlino, Daniel Chutorianscy, Inês Drummond, dentre outros participantes.
    Degustamos o talento do Carlos como observador de detalhes, somente capturados por quem tem a arte de ver. Wanderlino ressaltou a linguagem cinematográfica com que Carlos descreve os cenários e que, desta forma, é possível conhecer, por exemplo, o fundo do mar sem ser um mergulhador. Aprendemos detalhes curiosos e pouco conhecidos sobre a história de Niterói. Carlos mencionou que não tem nostalgia, pois não há dor, mas um prazer de abordar nossa memória. Nos divertimos com as crônicas que mostram o bizarro das relações e vibramos com sua tradução das pequenas grandes violências que vivemos no cotidiano. Um palavra que ficou ecoando após a reunião foi delicadeza. Um antídoto para o que Mia Couto definiu como "síndrome da humanodeficiência adquirida".
    Para quem ainda não leu "A água estava clara", recomendo fortemente.

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