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26 de fevereiro de 2020

Há 6 anos passados: Folia de textos literários

by Rita Magnago


Contos de Carnaval

Em breve estaremos discutindo no Clube de Leitura "O amor de uma boa mulher", conto que empresta o título ao excelente livro da Nobel Alice Munro. E enquanto esse dia não chega, e para os que preferem a companhia dos textos nessa semana de folia momesca, O Globo vem publicando a página Para quem é doente do pé, com contos inéditos que não têm a ver com o carnaval, apenas são veiculados durante. 



Você pode ir se deliciando com as narrativas, que serão atualizadas na medida em que os contos estejam disponíveis na internet, e depois nos brindar com sua opinião sobre os contos e, terminados os festejos, votar no seu conto predileto. Vamos começar?





7 comentários:

  1. Doente do pé que nada, o cara já está morto no primeiro conto! O texto do Sérgio Sant'Anna está mais para quarta feira de cinzas do que para Carnaval. Arrivederci zica!

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  2. Poxa, fiquei na expectativa de saber quem era o morto. Ótimo conto, estou numa fase de amar narradores, super influencia de Machado de Assis que brincava com eles e conosco o tempo todo. Mesmo sendo onisciente, esse narrador não quis falar sobre a trajetória do morto e sim o incômodo que ele causava aos vivos. Lembrei de Gregor Samsa, de Kafka e do quanto sua presença, ao longo de sua deterioração corporal causava asco em sua família, como ele sentia que seu desaparecimento à francesa seria um alívio para todos, assim como esse cadáver que diante de paisagem tão bela, sujava as águas onde as pessoas vinham para renovar suas energias. Era uma visão que destoava, que enfeiava o ambiente tão urbanamente paradisíaco. É, quão difícil é encarar um corpo que nos indica nossa própria finitude, que nos lembra nosso futuro. A afirmação de que já trazemos em nós os vermes que nos comerão a carne, me fez lembrar que minha avó os chamava de tapurus (não sei a origem etimológica da palavra) e sempre me impressionava com o surgimento desses vermes. Anos mais tarde, ouvi falar da geração espontânea, mas ainda não me debrucei sobre esse assunto, talvez nunca me debruce, como bem diz o autor, quero continuar sendo completamente leiga sobre o assunto.

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  3. caraca, o texto de Saavedra é psicodélico. Tadinho do bicho, fiquei a imaginar que bicho é esse, quiça talvez "o bicho" de Manuel Bandeira

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    1. O texto da Carola é diferentão, metafórico, quem é o homem, quem é o bicho, eu gostei.

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  4. Não tinha acabado de escrever fazendo meus comentários sobre o conto de Sergio Sant'Anna e sobre a Saavedra e o texto evaporou-se. Será que os vermes também comem palavras? Sob a influência oblomoviana, estou com preguiça de escrever de novo. Também, vocês não perderam muito. Amanhã, virá mais morte:"As Vantagens da Morte", de Luiz Ruffato.
    Elenir

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    1. Elenir, você é incrível, e tal qual o concièrge, já sabe o que vai acontecer no dia seguinte: que máximo! A propósito, o conto do Ruffato já está disponível.

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  5. Gente, nunca vi carnaval mais funesto que esse nosso aqui do clic rsrsr. Cadê a Luzia, com suas obras de artes que tanto inspira e transpira folias vividas que nos fazem revive-las, Rita e seu belo poema carnavalesco, tão pulsante, cadê o Carlos Rosa com sua narrativa lépida, cadê o Novaes com sua intensidade socio-filosófica e o Evandro com sua irreverência suspeitosa rsrsr.

    Diverti-me, apesar do tema fúnebre, com o Ruffato, mas não vi muita vantagem no céu ou no inferno dele kkkk, tudo é igual aqui, exceto pela ressaca, o que já é uma vantagem dos diabos. Tive uma pontinha de tristeza no final, quando ele fala de não ter pra onde voltar.

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