Fundado em 28 de Setembro de 1998

24 de fevereiro de 2012

Equador: Miguel Sousa Tavares


 São Tomé e Príncipe: um dos cenários do livro do mês  

Nas leituras que realizamos no nosso clube de leitura, é costume associarmos alguma música ao livro do mês. Para "Equador", de Miguel Sousa Tavares, uma das músicas lembradas foi "Notícia de Jornal", de Chico Buarque. No início da leitura, houve quem esperasse algo parecido a "Não existe pecado do lado de baixo do Equador", na performance emblemática que Ney Matogrosso realizou nos idos da década de 70. Uma curiosa evolução da expectativa de nossos leitores aconteceu à medida que o drama de nossos personagens da eterna pátria-mãe se desenrola, espetacularmente, culminando na tragédia que parece um padrão recorrente de sua história. 


"A gente não escolhe o dono do nosso coração"


De meu lado, do jeito que vai, o vira acaba numa milonga ou num fado tropical. 







Outras sugestões:


Do Luis Bernardo para Ann: “Delícia, delícia, assim você me mata!...”


Tema da Ann seria: “Você é doida demais”


Deu na mídia:



Espaço do Leitor:


Na linha do Equador mora uma ilha
onde o tempo escraviza as boas vontades.
Um homem só, como andorinha, não faz, verão.
Mas acalora o fogo latente das liberdades,
questiona vaidades, verdades e incendeia-se
nessa paixão desenfreada, que também é carne.

Contamina o leitor visitante,
que se derrete como o calor da ínsula
que cresce como os pés de cacau, (re)colhidos
que transpassa como o charme do antigo
e galopa em direção a seu próprio mergulho 

Rita Magnago

3 comentários:

  1. Rita, nossa poetisa equatoriana (ou seja, calorosa):

    Belo poema. Parabéns.É bom demais ler você.

    Um bom livro é garantia de uma boa viagem. É assim que estou me sentindo lendo EQUADOR. Indo a Lisboa e de lá à São Tomé e Príncipe. Acompanhando Luís Bernardo pelas roças. Acompanhando o dia-a-dia dos negros na lida e torcendo para que nosso heroi faça a diferença nas vidas desses exilados.

    Esse livro nos leva a reflexões profundas sobre o período compreendido do início do séc. XX aos dias de hoje, envolvendo Portugal e Inglaterra com suas respectivas colônias. E o trabalho escravo vindo da África para essas colônias.

    Rita, parabéns pela sua capacidade de transformar suas leituras em poesia e que tanto encantam nós aqui do Clube de Leitura.

    Beijos ....de ....Angela Ellias.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Angela, você é um doce.Também viajei muito com Equador e ainda continuo em Portugal porque estou lendo "Trem noturno para Lisboa", outro livraço. As escolhas do CLIC são muito acertadas. Beijos equatorianos, rsrsrs

      Excluir
  2. Rita, parabéns pelo texto-sintese, poesia. Você expressa bem o que se passa no romance, em poucas linhas. E reafirmo que foi contaminada pelo calor da insula quando escreveu o poema de A Caixa Preta. Estava adiantada já na leitura de Equador , pelo que sei. Continue a nos brindar com seus belos textos e seu carinho pelas leituras. Breve, breve nas livrarias, espero.
    abraços
    Elô

    ResponderExcluir

Prezado leitor, em função da publicação de spams no campo comentários, fomos obrigados a moderá-los. Seu comentário estará visível assim que pudermos lê-lo. Agradecemos a compreensão.