Fundado em 28 de Setembro de 1998

25 de novembro de 2015

Niterói de todas as tribos



1. O Clube de Leitura de Icaraí nasceu como uma reunião de amigos, certo? Ainda hoje há esse clima intimista nos encontros?


Correto, Pamella.  Começamos de forma bastante informal com um grupo de amigos que decidiu ler o mesmo livro e se encontrar para conversar sobre ele, revezando o local da reunião entre as casas dos participantes. Hoje somos um grupo aberto a toda comunidade Niteroiense, o que não significa que tenhamos perdido o espírito amistoso e festivo original, porque é ótimo fazer novas amizades em torno de algo tão enriquecedor como o livro.


2. Por que criar um espaço como esse de leitura em Niterói?


A criação do Clube de Leitura não foi premeditada, aconteceu espontaneamente. A gente percebeu que este era um anseio de muita gente que foi aderindo ao grupo inicial, até que recebemos o convite de uma Livraria do bairro para que abríssemos o movimento para mais pessoas. Foi uma oportunidade muito feliz criar esse espaço para mais pessoas participarem.


3. Quais temas vocês costumam abordar nos encontros?


Os temas são a literatura, as leituras realizadas, os escritores, o amor pelo livro, a amizade e tudo o que diz respeito a um ambiente em que estas coisas são vivenciadas com respeito à diversidade de opinião e fundamentadas na experiência de vida dos participantes. É uma oportunidade ímpar que coloca lado a lado pessoas das mais diferentes formações profissionais: psicólogos, engenheiros, donas de casa, estudantes, etc.


4. Qual é a importância que o Clube de Leitura traz para a cidade de Niterói e seu cenário literário?


Niterói é uma cidade eminentemente cultural e com grande produção literária. E cultura é como fogo, se intensifica e se alastra quanto mais gente culta e oportunidades de se encontrarem existirem. Um clube de leitura possibilita esse encontro, além de atrair grandes nomes da literatura brasileira para debater suas obras in loco. Já compareceram a debates na Livraria Icaraí nomes como, Rubens Figueiredo, Godofredo de Oliveira Neto, Silviano Santiago, Gustavo Bernardo, etc., e, também, autores locais, como Gracinda Rosa, Novaes Barra, Carlos Rosa, Dília Gouveia, entre outros.


5. Como surgiu a ideia de criar um novo clube que fosse direcionado para o público mais jovem? Qual é o propósito?


A ideia partiu da própria Editora da UFF quando percebeu que havia um gênero literário a ser explorado pelo clube de leitura, que funcionasse como porta de entrada na formação de um público leitor quando adulto. Uma livraria universitária como a Icaraí é a agente ideal para essa formação, porque dá a liberdade de escolha necessária para a formação de um leitor culto e crítico em relação à sociedade que o rodeia.
 


6. Acredita que os dois clubes de leitura já fazem parte da própria história da cidade? Qual é o significado disso?


O Clube de Leitura Icaraí já existe há dezessete anos e tem uma belíssima história que foi retratada no livro “Clube de Leitura Icaraí - 15 anos entre livros” publicado pela própria Editora da UFF por ocasião dos quinze anos do Clube. O Clube Jovem tem apenas dois anos e ainda está engatinhando, buscando sua identidade a partir dos interesses de leitura dos jovens que o frequentam. Para nós será uma honra se um dia formos lembrado como contribuintes para a bela história que tem a nossa cidade.


7. Afinal, literatura e Niterói se complementam? O que há de comum entre os dois?


A Arte, a grande Arte, porque Niterói é uma das cidades mais bela do mundo, e tanta beleza não deixa indiferente seus moradores, que encontram na Literatura a forma ideal de expressão do que vivem e sentem pela Cidade. O clube de leitura é certamente um lugar onde essa complementaridade acontece de forma prazerosa.


8. Acha que ainda faltam espaços para a literatura na cidade ou isso vem crescendo cada vez mais?

Existem diversos movimentos literários na cidade dialogando com espaços de leituras, música, filosofia, e diversas manifestações artísticas. A cidade de Niterói fervilha de eventos culturais em cafés concertos, associações e academias literárias, lançamentos de livros, clubes culturais, terapias com livros, corujões poéticos, etc. E que cresçam cada vez mais esses espaços, por toda cidade, nunca é demais.


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