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4 de dezembro de 2021

A dádiva do presente: Vânia Damasco

 



No calendário, o dia de ontem se foi! 

 

Na alma nem sempre é possível deixar pra trás o pesar de ontem.

 

Pode o dia ficar assombrado por restos desgraçados, 

 

Apegos infernais que envenenam a aurora do dia. 

 

Viva o dia dos mortos! 

 

Que possam ir sem que a natureza conspire o reinado dos míopes.

 

Que a luz incida sobre o tesouro das manhãs

 

Revigorando sonhos e fantasias 

 

Viva o dia dos mortos! 

 

Para além dos túmulos, viva!

 

Viva! 

 

Seria insuportável não saber morrer!

 

Viva o dia que se anuncia! 

 

Acolher a dádiva do presente é um luxo!


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