Hoje (15/08/2016), minha mãe, Maria da Glória, faria 100 anos!
Sensível, delicada e dedicada. Apreciadora das coisas belas... poderia se encantar por minutos olhando um buquê bem arranjado...
Seu grande e único amor, meu pai, se foi aos 58 anos. Desde então sua alegria foi esmorecendo, a depressão chegando, seu brilho se apagando...
Quantas recordações!
Lembro de cruzarmos a Baía de Guanabara de barca para as compras no centro do Rio em busca de um sapato diferente, um tecido especial. Tinha um gosto requintado e sabia fazer " milagres" com o orçamento apertado!
Nossos almoços de domingo tinham sempre uma mesa simples mas com seus " detalhes": uma rosa vermelha feita de tomate enfeitando a maionese, uma toalha especial...
Sua depressão foi crescendo e me atingindo, me descompensado , me minando.
Para onde estava caminhando minha mãe?
Sua tristeza foi além de mim.
Quantas vezes perdi a paciência, quantas me arrependi!
Quando morreu, morava em minha casa.Foi embora de repente, como um sopro.
Dias antes de sua partida, no dia de meu aniversário, me deu meu maior presente!
A reconciliação!
Nós abraçamos, colocamos nossos sentimentos para fora, nossa alma. Nos perdoamos.
Lágrimas e sorrisos.
Que consolo!
Que conforto! Total e supremo.
Momentos intensos de amor e doação.
Meu último aniversário ao seu lado.
Meu maior presente!
Obrigada, minha mãe.
Sei que você está em paz!🌹🕯💜
Vera
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