(para minha filha Lúcia)
Tinhas medo dos palhaços,
que eram bem desengonçados,
o nariz feito bolinha
e os olhos de arrepiar.
Comprei-te igual fantasia.
Queria que tu soubesses
que por trás daquela máscara
havia alguém como tu,
buscando só a alegria
de um coração de criança,
pura inocência e frescor.
Encontrei-te frente ao espelho
com voz trêmula a dizer:
“Tem medo não, tu é eu,
Lucinha, arrancando a máscara
aliviada e a sorrir.
Aquele medo tão grande,
que me traz esta saudade,
tinha a mesma dimensão
de tua doce ingenuidade.
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