Poema inspirado no conto de Machado de Assis, O alienista - do livro Papéis avulsos. Não, eu não tive inspiração logo que terminei a leitura, mas somente depois que travei conversa com um "anônimo" no blog CLIc. Um anônimo bem-humorado por sinal. Achei meio louco conversar sem saber identidade, rosto, coisa e tal. Enfim, um anônimo inspira-dor. Sim, a loucura deve ser uma espécie diferente de dor. Dor de todo tipo, cor, matiz. Enfim, eu me vi no poema.
O mundo é uma fábrica de loucos
Há louco de todos os tipos
Loucos famosos e loucos anônimos
Há poeta louco e loucos poetas
Sim, completamente
A vida é cheia de pessoas que falam sozinhas
balbuciam pelas ruas
Não têm com quem conversar ou pedir sugestão
por causa da solidão
Há loucos varridos e loucos intelectuais
Ou são os mesmos?
Os esfarrapados são loucos legais
Há médicos pirados por não suportarem
cuidar da alienação alheia
Será que a loucura é um tanto contagiosa?
Estou ficando louca de tanta variedade
A vida, um manicômio
Agora a coisa ficou séria
porque há loucos de verdade
que inspiram cuidados especiais
Papo sério, casos melindrosos
Quais motivos levam à loucura?
Há cura para tantas complexidades?
Talvez
E você, tem algum tipo de loucura? Conta pra gente!
Obrigada, Concierge. Eu sou a louca da dieta. rs
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