O livro foi escrito há 61 anos e
a visão futurista que o autor já mostrava então se assemelha ao que estamos em vias
de vivenciar. Questionador e crítico, um livro desses pra te fazer pensar
e sair do marasmo.
Na linha de 'Admirável Mundo Novo', Ray nos incita à reflexão sobre o significado da felicidade, do prazer. A futilidade ganha um espaço incrível, amores rápidos,
envolvimento pessoal praticamente inexistente, tudo na superfície, a densidade
está agonizando e sobrevivendo na cabeça de uns poucos. A dor merece
ser extinta, a morte dispensa o luto, todos são igualmente banais, uma sociedade de
vacas de presépio.
O autor questiona ainda as muitas formas de se matar um livro, desde as óbvias censura e proibição até e principalmente à arte da manipulação, tão forte que prescinde do poder do estado. É a
própria sociedade quem adere, fiscaliza e delata como se fosse ela o governo tirano. E livros são queimados a 233º C, ou, nos padrões americanos, 451ºF. Ateemos fogo ao pensamento crítico!
Com o Ano Novo se aproximando velozmente, escolhas e
caminhos estão em alta. Fico aqui pensando... o tamanho da nossa gaiola, quem é que vai definir? Este livro amplia
horizontes e refaz a questão: afinal, qual é mesmo a busca incessante do humano?
Filme
Oi, Rita Magnago, que bom ver você fechar o ano lendo esse livro maravilhoso para reflexão. Você nunca mais vai esquecer os episódios contidos nele. É um livro que deve ser lido assim como você fez, somando aos do clube, de acordo com a curiosidade. Não se esqueça de ver o filme. Espere, vou procurar o link e trazer para você e os demais leitores do clube de leitura. Eu recomendo sempre a leitura e o filme. Bom demais! Parabéns pela postagem!
ResponderExcluirFeliz 2015! Beijos! Sonia Salim
http://youtu.be/y-5KUImubtY Fahrenheit 451 - O filme
Oi Sonia, assisti com a família, ontem após o almoço, ao filme Farenheit 451 no youtube. Bem estilo "cinema inteligente". Como quase sempre, achei o livro melhor, mas foi muito interessante ver o filme porque, na leitura, eu imaginava um mundo no futuro e, ao assistir à película, eu estava no passado. Quando o telefone se materializa, o caminhão dos bombeiros, os cabelos das pessoas, etc, aí você vê como a imagem reduz a imaginação. Também senti muita falta do cachorro-robô que tem no livro e do amigo professor do protagonista, que não aparece na versão para o cinema. Eles tentaram dar uma romanceada deixando a mocinha viva, mas eu prefiro como escreveu Ray. Obrigada por ambas as preciosas dicas. Beijos.
ExcluirSim, Rita, eu penso que os livros são melhores e nos dão uma visão total da situação, o que o filme às vezes não pode ter, pelo tempo, coisa e tal. Imperdoável mesmo foi o professor não aparecer no filme, eu o considerei muito importante. A atitude da mocinha foi bem interessante, aquela que muitos de nós fazemos que é alfinetar com a pontinha da capa dos livros. rs Não teria sido isso que fez você ler "Farenheit 451? Adoro fazer isso!!! Bjs
ExcluirAhaha, foi sim, Sonia Salim 'espetadeira', rsrsrs.
ExcluirSe nosso futuro for um mundo distópico como o previsto em Fahrenheit 451, que livro você gostaria de memorizar?
ResponderExcluirAníbal
Boa pergunta, Aníbal. Embora eu tenha muitos livros que considero maravilhosos, se tivesse que escolher apenas um para memorizar seria " Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra", do Mia Couto. Simplesmente lindo demais.
ExcluirEu escolheria "A consciência de Zeno" de Italo Svevo.
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