Platão, o Amor, o Êxtase e os Cavalos Alados
Dois são os cavalos
que deveriam nos conduzir
ao êxtase supremo.
Um dos cavalos nos impele aos céus
o outro a fincar-se à Terra
O embate é ferrenho,
a alma se divide e titubeia
ante que direção tomar
nessa incrível disputa.
Corpo e alma
e uma única dúvida:
seguir o puro sangue
ou o cavalo mestiço?
A batalha dura
uma eternidade.
Defesas caídas,
o mestiço assume o controle
Já não ouço mais o puro.
Deixo o mestiço conduzir-me.
A luta agora é outra.
Apelos incontroláveis e
um só desejo: pequenas mortes
Corpo exausto,
abrupto silêncio,
o coração ainda bate forte
depois... paz.
Nossa! Abalou!
ResponderExcluirRsrsrsrs, nunca mais o céu se abrirá para mim, pois abri mão dele e os deuses não esquecem de algo dessa magnitude, o Tártaro me espera sem pressa.
ExcluirQuerida Helene, eu que já era fã de seus textos espirituosos e comentários sempre irreverentes, agora me rendo à sua bela poesia nesta faceta sensual e lírica. Adorei. Parabéns!
ResponderExcluirPois é Rita, a culpa dessas escritas ultimamente é do Clube do livro, vocês me impulsionam, mesmo de longe. Escrever não é novidade para mim, já escrevo desde que aprendi a pegar num lápis, mas ao longo de muitas décadas arrisco-me pela primeira vez a dar a cara ao tapa, mesmo que cautelosamente como uma criança que está aprendendo a se equilibrar em suas pernas.
ExcluirEita!!!! Show!
ResponderExcluirUm poema alazão, bravio, perfeito.
Parabéns Camille.
Obrigada Novaes, Platão deve ter sido um exímio apostador, pois sabe como incitar esses belos espécimes.
ExcluirObrigada pelo incentivo gente. rsrsr ainda não sei burilar as palavras e seus sentidos. Sou ainda um tanto crua e literal (bem, pelo menos na minha cabeça porque sei o que me fez escrever esse poema), mas vou experimentando, uma hora fica mió. Não estou bem lembrada, mas acho que foi na biografia de Kafka que mencionava ter ele reescrito um parágrafo porque nele estava se expondo muito e ele não queria se expor . Talvez um dia eu também consiga fazer isso, porém, ainda não tenho muita destreza.
ResponderExcluirMuito, bom, Helene. Adorei. Mas não se preocupe com a exposição se você deseja mesmo se expressar por meio da escrita. Acredito que escrever é já se expor. Alguns mais, outros menos. um abraço.
ResponderExcluirObrigada Antônio, é verdade, nos expomos quer queiramos ou não.
ExcluirParabéns Camille.
ResponderExcluirComo é bom deixar a alma "galopar", voar sem amarras....
Beijos ternos,
Vera.
Obrigada Vera. De vez em quando eu escrevo umas coisinhas e gosto realmente de viajar sem amarras (ou na maionese rssr), tanto que o nome do meu blog é o mundo mental, justamente para que meu pensamento pudesse se despregar e expressar o que me angustia, minhas dúvidas e minhas não certezas sem o compromisso do politicamente correto (que é chato se for levado ao extremo, da lógica e por vezes até mesmo da coerência. rsrsr
ExcluirUm vendaval!! Parabéns.
ResponderExcluirHélio Penna.
Obrigada Hélio, são os ventos de Zeus e seu séquito provoca em nossas almas, nos conclamando a segui-lo ao mundo perfeito, mas são tão preguiçosa que prefiro as artimanhas do corpo do que a perfeição da alma.
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