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2 de fevereiro de 2018

A Jangada de Pedra, de José Saramago

Olá queridos!
Vou reproduzir o post do meu blog Mar de Variedade.
Vou falar minhas impressões sobre o livro A Jangada de Pedra, do José Saramago, lido no Clube de Leitura Icaraí.



Sinopse da Companhia das Letras:
"Racham os Pirineus, a Península Ibérica se desgarra da Europa. Transformada em ilha - Jangada de Pedra -, navega à deriva pelo oceano Atlântico.
A esse espetacular acidente geológico somam-se outros insólitos que unem os quatro personagens principais do romance numa viagem apocalíptica e utópica pelos caminhos da linguagem e, por meio dela, pelos da arte e da cultura peninsulares.
A ínsula ibérica vagueia ao acaso de um mar tecido de muitos mitos e história.
A história dos povos ibéricos, José Saramago a conta e reconta pela memória de um narrador, múltiplo de si mesmo e dos personagens cujas andanças acompanha.
Os mitos se costuram nas pedras da fratura de que se fez a jangada. Neles se recuperam as crônicas, peregrinações de heróis anônimos ou notórios da identidade ibérica, todos notáveis, D. Quixote entre uns, os peregrinos de Santiago de Compostela na Idade Média entre outros.
Narrativa perfeita na qual os fantasmas do inconsciente pousam familiarmente no cotidiano; surrealismo vigoroso que torna o incomum realidade, criando as condições oníricas para virar o mundo às avessas e, então, contar-lhe, com ironia e graça, os transtornos de erros e acertos, de enganos e desenganos.
Posto assim ao contrário de si mesmo e de suas aparentes e reais firmezas, o mundo abre-se para a aventura ficcional da desconstrução das certezas das palavras e dos objetos; deixa-se viajar no estranhamento que daí decorre; reencontra-se em signos velhos e cristalizados: signos novos contudo, nos enigmas em que se tornam, reveladores também nas fantásticas soluções narrativas que desencadeiam.
Carlos Vogt"

Gosto do Saramago. Adorei As intermitências da morte.
Infelizmente, não gostei dessa leitura, embora se trate de uma prosa poética, muito bem descrita na sinopse da Companhia das Letras.
Como sabemos, a escrita do autor não tem muita pontuação, os parágrafos são grandes. Soma-se a isso, nesse livro, uma narrativa que mistura ficção e um pouco de história do mundo, onde há um grupo de amigos que viajam pelo mundo e vão contando sobre os principais acontecimentos da história, utilizando muitas metáforas. 
A narrativa ficou um pouco confusa e cansativa. Isso na minha modesta opinião. Sei que há muita gente que adorou esse livro. Saramago sempre é uma boa escolha. 
Quem quiser comentar ou discordar, fique à vontade. 



Boa leitura!

3 comentários:

  1. Saramago é sempre assim, para alguns a leitura flui como uma jangada deslizando pelos 7 mares, para outros a leitura é pesada como uma pedra que a torna entediante e monótona.

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  2. Oi, Andreia e Evandro. Terminei de ler hoje A jangada de pedra. Gostei muito. Também li e me deliciei com outros livros de Saramago, entre eles As intermitências da morte, O evangelho segundo Jesus Cristo e Todos os nomes. O que eu mais aprecio em Saramago é o humor fino, a ironia, a forma como envolve o leitor em seus relatos. Por muitos momentos fiquei com um sorriso nos lábios, apreciando a criatividade e inteligência deste gênio da literatura. Gostei de imaginar o impossível, a península solta, à deriva, sem afundar, indo ao sabor de sabe-se lá o quê. Os interesses dos países afetados pelo "acidente", a reação das pessoas perante o desconhecido, as uniões dos casais que tinham algo em comum com a causa. Muito interessante a atitude das duas mulheres para com Pedro Orce. Deve ter sido uma reunião rica. Que venha mais Saramago!

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