Autor: Mauro Wainstock
A mulher real não precisa de um dia internacional.
Se a palavra de ordem é igualdade, e o homem não tem um dia universal, cada dia da mulher deveria ser especial.
Seria uma forma mais justa de lembrar aquela que não aceita o lugar politicamente correto na sociedade de plantão, nem as repetitivas frases de efeito - e também de ocasião.
Que enfrenta a pressão, com decisão.
Que domina, com o piscar, a arte de conquistar.
Que sabe seduzir como ninguém quando quer convencer alguém.
No constante equilibrar, o ponteiro dispara e ela não para.
É hora de unir a dedicação e a coerência, para solucionar diariamente a pendência e manter a deslumbrante aparência.
Que roupa usar? Simples: jovial para o social, formal para o profissional.
Mas, no caso dela, só depois de muito experimentar.
É de impressionar: para isto o relógio caminha em total
harmonia!
Quem diria...
A esteira, só a partir de segunda-feira.
Já a dieta, é constante obrigação, a balança nunca tem razão.
Ir ao shopping, só para passear, lá nunca há nada para comprar.
Para ela, certamente uma diversão; para o homem, impaciência e incompreensão.
A mulher em questão quer carinho, riso e atenção.
Desde pequena, se espelha na boneca companheira, sonha em gargalhar com o príncipe encantado e planeja o "happy end" cinematográfico: "e viveram felizes para sempre".
Na aparente contradição, o sorriso com o primeiro choro; as lágrimas com o
inesquecível amamentar.
No incontrolável sentimento de proteção, educar é prioridade; pronunciar o "não" é uma desafiadora complexidade.
Não pode vacilar, limite tem que dar.
E só com o exemplo é possível ensinar.
Para ela, não basta interromper o jogão, tem que ser exatamente na magia do gol, no instante da rede balançar.
É quando justamente precisa de ouvidos para suas urgentes histórias contar...
Com a melhor intenção, desejo de atenção, no meio da empolgação...
Complicado argumentar.
Ela se comunica no olhar, no tocar e no silenciar.
Com doçura e sensibilidade.
Procurando, na cumplicidade, a reciprocidade intensificar.
As mulheres da minha família: faço questão de homenagear, mas não preciso nominar, elas sabem que, de tanto amar, se eu não tivesse nascido lá, seria o primeiro da fila para exigir mudar.
Já a minha escolhida para a vida compartilhar, não precisei pesquisar.
No infinito primeiro olhar, o verde envolvente; a covinha sorridente da amada confidente.
E da mistura desta ternura veio a sonhada felicidade em forma de gente, o nosso eterno presente, hoje quase mulher: beleza incomparável, orgulho inesgotável, amor incomensurável.
Mais importante do que instituir um dia oficial, é transformar cada dia em excepcional.
É tirar total proveito de cada momento.
Agradecer que foi o eleito e retribuir com o merecido e incondicional respeito.
Hoje (07 de março) - Dia de festejar os 14 primeiros anos com a minha eterna namorada.
Dona da risada mais gostosa, que faz a minha vida ser maravilhosa.
Amanhã (08 de março) - Como em todos os outros dias, valorizar a mulher real é essencial.
O texto acima foi uma contribuição da fundadora do CLIc, Norma Lannes, que é amiga do autor, jornalista, cronista, editor de livros e diretor de um ótimo jornal judaico.
Uau! O máximo esse texto/homenagem! Tenho certeza que os leitores sentiram aquela emoção especial. O autor, Mauro Wainstock, está de parabéns! Perfeita valorização da mulher.
ResponderExcluirAbraço a todos!
Sonia Salim