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9 de março de 2020

Homenagem à MULHER especial, que não precisa de dia internacional

Autor: Mauro Wainstock 


A mulher real não precisa de um dia internacional. 

Se a palavra de ordem é igualdade, e o homem não tem um dia universal, cada dia da mulher deveria ser especial.

Seria uma forma mais justa de lembrar aquela que não aceita o lugar politicamente correto na sociedade de plantão, nem as repetitivas frases de efeito - e também de ocasião. 

Que enfrenta a pressão, com decisão. 

Que domina, com o piscar, a arte de conquistar. 

Que sabe seduzir como ninguém quando quer convencer alguém.

No constante equilibrar, o ponteiro dispara e ela não para. 

É hora de unir a dedicação e a coerência, para solucionar diariamente a pendência e manter a deslumbrante aparência. 

Que roupa usar? Simples: jovial para o social, formal para o profissional. 

Mas, no caso dela, só depois de muito experimentar. 

É de impressionar: para isto o relógio caminha em total
harmonia! 

Quem diria... 

A esteira, só a partir de segunda-feira. 

Já a dieta, é constante obrigação, a balança nunca tem razão. 

Ir ao shopping, só para passear, lá nunca há nada para comprar. 

Para ela, certamente uma diversão; para o homem, impaciência e incompreensão.

A mulher em questão quer carinho, riso e atenção. 

Desde pequena, se espelha na boneca companheira, sonha em gargalhar com o príncipe encantado e planeja o "happy end" cinematográfico: "e viveram felizes para sempre".

Na aparente contradição, o sorriso com o primeiro choro; as lágrimas com o
inesquecível amamentar. 

No incontrolável sentimento de proteção, educar é prioridade; pronunciar o "não" é uma desafiadora complexidade. 

Não pode vacilar, limite tem que dar. 

E só com o exemplo é possível ensinar.

Para ela, não basta interromper o jogão, tem que ser exatamente na magia do gol, no instante da rede balançar. 

É quando justamente precisa de ouvidos para suas urgentes histórias contar... 

Com a melhor intenção, desejo de atenção, no meio da empolgação... 

Complicado argumentar. 

Ela se comunica no olhar, no tocar e no silenciar. 

Com doçura e sensibilidade. 

Procurando, na cumplicidade, a reciprocidade intensificar.

As mulheres da minha família: faço questão de homenagear, mas não preciso nominar, elas sabem que, de tanto amar, se eu não tivesse nascido lá, seria o primeiro da fila para exigir mudar. 

Já a minha escolhida para a vida compartilhar, não precisei pesquisar. 

No infinito primeiro olhar, o verde envolvente; a covinha sorridente da amada confidente. 

E da mistura desta ternura veio a sonhada felicidade em forma de gente, o nosso eterno presente, hoje quase mulher: beleza incomparável, orgulho inesgotável, amor incomensurável. 

Mais importante do que instituir um dia oficial, é transformar cada dia em excepcional. 

É tirar total proveito de cada momento. 

Agradecer que foi o eleito e retribuir com o merecido e incondicional respeito.

Hoje (07 de março) - Dia de festejar os 14 primeiros anos com a minha eterna namorada. 

Dona da risada mais gostosa, que faz a minha vida ser maravilhosa.

Amanhã (08 de março) - Como em todos os outros dias, valorizar a mulher real é essencial.


O texto acima foi uma contribuição da fundadora do CLIc, Norma Lannes, que é amiga  do autor,  jornalista, cronista, editor de livros e diretor de um ótimo jornal judaico.

Um comentário:

  1. Uau! O máximo esse texto/homenagem! Tenho certeza que os leitores sentiram aquela emoção especial. O autor, Mauro Wainstock, está de parabéns! Perfeita valorização da mulher.

    Abraço a todos!

    Sonia Salim

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