Edvard Munch - Desespero |
Estou movida por uma grande
angústia
e tomada pelo desespero
que emana de minha alma
Nas minhas veias flui
melancolia
A desolação tomou conta de
mim inteiramente
Não fossem os diálogos de
nossos olhos
ao suicídio, eu já teria
sucumbido
esse silencioso devorador de
vidas
Talvez o meu coração seja
ambíguo
duvidoso e direcionado a
contradições
Ou essa paixão tenha sido
voraz
incapaz de conviver com o
medo
da separação e do vazio
Frustrações imaginárias...
Oh, meu grande amor!
Ensina-me a estabilizar o
desespero
através do brilho do seu
olhar
Eu não quero morrer!
Poema feito a partir da leitura do livro 1934, Alberto Moravia,
debatido no Clube de Leitura em Outubro de 2013.
debatido no Clube de Leitura em Outubro de 2013.
Sonia..eu sou tiete do livro 1934...gostei da poesia.;volto a colocar a frase inicial..".pode se sobreviver ao desespero sem pensar na morte"(algo assim)...Digo que sim e deve-se.; .desesperos fazem parte da vida e não da morte..desesperos podem ser atenuados se pudermos entender seu significado.....Ceci
ResponderExcluirOi, Ceci, muito grata pelo comentário. Foi muito boa a leitura do livro "1934", poder entender um pouco do contexto em que os personagens estavam vivendo e ser impulsionada a escrever um poema. Valeu a força para que lêssemos! Abraços!
ExcluirGostei muito do poema!
ResponderExcluirFiquei interessada em entrar para o Clube de Leitura de Icaraí.
Como faço? Abraço
Vanessa
Obrigada, Vanessa. Agora preciso pedir ajuda aos clicianos... Como fazer, amigos? Entrar em contato com o "concierge"? Abraços!
ExcluirDesesperar jamais
ResponderExcluirAprendemos muito nesses anos
Afinal de contas não tem cabimento
Entregar o jogo no primeiro tempo
Nada de correr da raia
Nada de morrer na praia
Nada! Nada! Nada de esquecer
No balanço de perdas e danos
Já tivemos muitos desenganos
Já tivemos muito que chorar
Mas agora, acho que chegou a hora
De fazer Valer o dito popular
Desesperar jamais
Cutucou por baixo, o de cima cai
Desesperar jamais
Cutucou com jeito, não levanta mais
Ivan
É isso mesmo, Ivan, "desesperar, jamais"! Obrigada pela visita e comentário. Abraços!
ExcluirParabéns, Sônia, pelo seu belo poema! Não demora o livro sai, estou certa. Você escreve bonito e com muita emoção.
ResponderExcluirAbraços.
Elenir
Olá, Elenir, boa noite! Muito grata, querida. Há alguns entraves técnicos para que o livro inicie, mas no tempo certo ele virá. Vamos aguardar. Beijos!
ExcluirBela inspiração Sonia, adorei.
ResponderExcluirBoa noite, Rosemary Timpone!!! Muito obrigada, pelo comentário. A leitura nos impulsiona e não tem jeito... rs Beijos!
ExcluirOi Sonia, parabéns pela poesia. O tema do desespero, do suicídio, é realmente instigante. A literatura é uma excelente forma de expressão. Ansiosa pelo seu livro!
ResponderExcluirÉ verdade, Rita, a leitura abre horizontes e nos inspira. Obrigada pelo comentário. Beijos!
ExcluirParabéns Sonia! Belo poema, sensível, e que traduz bem o livro "1934". A busca do olhar, de um brilho que "estabilize o desespero" e nos faça desistir do suicídio. Seu poema me fez enxergar o outro lado do desespero: a paixão (onde os olhos brilham, algo insanos, num tipo de suicídio delicioso). Ou seja, a estabilização do desespero se dá com a paixão, que é o outro lado do desespero, da angústia. O lado bom de uma mesma moeda! Obrigado, Sonia Salim, por me possibilitar essa percepção.
ResponderExcluirAbraços.
Novaes/
Boa noite, Novaes! Muito grata. Pensei no seu comentário quando passei agora pelo texto: "Perguntava-se como ela conseguira continuar tanto tempo naquela situação, sem enlouquecer, visto que não tivera coragem para se suicidar..." (Crime e Castigo - Dostoiévski). Uma avaliação do jovem, Raskólnikov, sobre a vida de Sônia, a jovem prostituta acidental do livro.
ExcluirSão as motivações da vida que seguram a situação, momentânea ou não, pelas quais as pessoas passam e sofrem? Possivelmente...
Abraços!
Feliz Natal a todos os 'clicianos', visitantes e leitores do blog!!! Felicidades para 2014! Abraços!
ResponderExcluirGostei muito, Sônia. Apareça mais por aqui. Beijos
ResponderExcluirObrigada, Andreia. ;) Hoje alguém falou a palavra "angústia" e eu quis relembrar este poema que foi inspirado num livro lido no CLIc. Saudade de todos vocês! Bjs
ExcluirAcho que o livro demonstra que não é possível viver no desespero sem desejar a morte, se bem me lembro.
ResponderExcluirTalvez o desejo de morte seja a primeira via de fuga no estado de desespero. Algumas pessoas, mesmo as que gostam da vida e não abrem mão dela, algum dia já pensou em suicídio. Entre pensar e executar existe uma distância, esta que nos salva da morte.
ExcluirSonia, que bom reler você! Ontem fui ao enterro de uma tia querida, ocasião em que sempre voltamos a pensar na morte. Acho que, dependendo do que nos acontece, é até normal considerar o suicídio. Mas é como você falou, do pensar ao praticar vai uma grande distância. Beijo grande e saudades.
ResponderExcluirOi, Rita, saudades também... Viver é tão bom, né? E não é por acaso que o meu interesse de leitura teve um rumo que eu não pude evitar, o da preservação da saúde. São tantas as descobertas que a multidão nem supõe que possa existir; a gente abre a boca, fala, explica, grita, mas não há eco, ninguém entende porque a sintonia não é a mesma. ;) Bjs
ExcluirObrigada pelo poema.
ResponderExcluirQuem já não viveu esse momento...
A vida está aí para nos testar a cada instante.
"é bonita, é bonita e é bonita."
Beijinhos ternos,
Vera.
Né...😉 Obrigada, Vera. Beijos!
ExcluirOi, Sonia,
ResponderExcluirEspero que, agora, em 2017, sua poesia traga apenas o eco da beleza contida nas palavras. Como disse o amigo, desesperar, jamais.
Elvira, nós vamos mantendo o equilíbrio mesmo que em 2017 a poesia venha em cores pálidas. 😉 Grata. Bjs
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