Daniel, ao abrir a primeira página do seu livro, me lembrei
imediatamente de Fernão Capelo Gaivota,
de Richard Bach, uma de minhas paixões infantis. Lírico, acordando a criança
que habita os adultos. Fui logo envolvida pela escrita diferenciada, marcando
com repetições o que importa perceber. Gostei muito da anonimidade. Embora não
seja estrangeira, partilhei o sentimento de angústia e temor, tanto mais agora
que recentes acontecimentos terroristas nos deixam tão à mercê do ‘de repente’.
Reflexões acerca do comum e do diferente: escrever sobre sua
casa para abranger o mundo; ser simples para abarcar a complexidade da vida, a
mistura dos tempos, das memórias, dos afetos e dos medos.
Ao terminar, lembrei também de Vermelho Amargo, do Bartolomeu Campos. Um livro igualmente pequeno
em número de páginas e igualmente rico em conteúdo. Um livro que também conta
de uma família, um livro belo como o seu.
Foi um prazer conhecê-lo através de sua escrita. O poema que
segue, fiz inspirada nas ilustrações do livro e no sentimento despertado.
Grande abraço,
Rita Magnago
Pássaros.
Vejo pássaros em todas as folhas
árvores em formação
ex-árvores em floração.
Pássaros solitários
em voo
mergulhando
planando
sendo aves.
Pássaros em busca de pouso
posados
pensando
refletindo sobre outros serem que voam.
Patos.
Bicos abertos
bicos calados
asas em exibição
de quem pode sonhar.
Esperteza de gavião.
Pássaros variados
espécies-exceção.
Homobirds dividindo galhos
família com garras.
É preciso pinicar a madeira de que somos feitos
porque o melhor está por dentro
e há que sair.
Rita, você não me surpreende mais, você é realmente :DEMAIS!
ResponderExcluirBeijos ternos,
Vera.
Querida Vera, vou copiar o Daniel, em respostas no whats app. Obrigada, no terceiro nível de São Tomas de Aquino. Beijos alados
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