Fundado em 28 de Setembro de 1998

28 de fevereiro de 2014

Rubens Figueiredo, tradutor do livro do mês - Oblómov: Ivan Gontcharov

(Esta reportagem foi realizada por ocasião da premiação do escritor enquanto ele traduzia Oblómov diretamente do russo para o português)

O quadro desta semana é com o escritor carioca Rubens Figueiredo, que na segunda-feira foi vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura na categoria Melhor Livro do Ano por Passageiro do fim do dia (Companhia das Letras). O romance mostra o protagonista numa longa jornada de ônibus pelas ruas congestionadas de uma cidade grande, saindo do centro em destino a um bairro periférico. Em meio a um infindável congestionamento, ele observa distraído o que se passa dentro e fora do coletivo, enquanto ouve seu radinho e lê um livro.

TL – Qual o primeiro livro que marcou sua vida?

RF – Foi um livro do Monteiro Lobato, As aventuras de Hércules. Eu tinha uns nove anos, calculo, porque lembro que estava no primário e também por alguns detalhes do quarto onde eu lia, onde dormiam meus avós. Fiquei empolgado com as histórias das lendas gregas e com as criaturas estranhas. Mas a verdade é que nunca li de novo esse livro.

TL – Qual o livro que mais mexeu com você?

RF – Acho que foi Memórias do cárcere, de Graciliano Ramos. Talvez por causa da firmeza com que ele exige o máximo da observação. Aos poucos, o mundo fechado a prisão se reconfigura como o próprio mundo social, em seu todo.

TL – O que você está lendo?

RF – Estou lendo e traduzindo um romance russo do século 19 intitulado Oblómov, de Ivan Gontahcaróv. Dominado por uma inércia ou apatia quase feliz, o herói passa mais ou menos as primeiras cem páginas sem conseguir levantar da cama e sair do quarto. De um humor desconcertante, compreende uma crítica séria da estrutura desigual da sociedade.



24 de fevereiro de 2014

Antônio Fraga

(por: W. B.)


O escritor carioca Antônio da Fraga Fernandes nasceu a 30 de junho de 1916. Sua mãe Waldomira da Fraga Fernandes e seu pai Justino Fernandes  se conheceram no Segundo Congresso Operário Brasileiro ocorrido na cidade do Rio entre 8 e 13 de setembro de 1913, organizado pela Confederação Operária Brasileira (COB): ambos apaixonados pelo ideário anarquista. Justino, padeiro, português da cidade do Porto, teria aderido ao Anarquismo ao travar contato com o célebre militante italiano Errico Malatesta (1853-1932) quando este propagava tal ideologia pela península ibérica. A costureira capixaba Waldomira, nascida no município de Caxoeiro do Itapemirim,  por sua vez, tornou-se anarquista a partir de seu envolvimento nas lutas trabalhistas travadas no Rio de Janeiro, para onde havia migrado em busca de melhores condições de vida.

O casal foi morar na Rua Senador Eusébio, na área denominada Cidade Nova, localizada entre Catumbi e Canal do Mangue. E seu filho, que futuramente assinaria apenas como Antônio Fraga, largou a escola – que considerava extremamente chata e inútil –, passando a estudar em casa mesmo, com auxílio dos pais. Acabou desenvolvendo uma forte independência de pensamento. Fraga logo percebeu que se falava em uma língua e escrevia-se em outra, quase sempre se escrevendo mais para fascinar ou iludir do que para comunicar. Futuramente sua obra conteria uma forte crítica aos “retóricos” que escrevem “difícil” para serem admirados sem serem compreendidos, ou simplesmente para engambelar seus leitores.

Com a separação dos pais, adolescente ainda, decidiu seguir rumo próprio. Foi para o Mangue, onde passou a vender siri e bugigangas.

De biscate em biscate, ele ganhava a vida. Em Minas Gerais empurrou vagonetes de pedra britada nas minas de ouro de Nova Lima; em Goiás garimpou diamantes nas margens do Araguaia; no Estado do Rio de Janeiro manejou enxada nos laranjais de Nova Iguaçu e administrou um bananal em Magé; na metrópole carioca exerceu atividade de lanterninha de cinema, trabalhou como auxiliar de cozinha no Hotel Glória, foi redator-chefe da rádio Vera Cruz e funcionário da Legião Brasileira de Assistência. No meio de tudo isso, Fraga arranjava tempo para escrever. E escrevia compulsivamente, mesmo sem editor que aceitasse publicar suas histórias críticas, corajosas, revolucionárias.

Em 1945, formou o grupo literário Malraux. Em maio do mesmo ano, ele e sete participantes do grupo realizaram a Primeira Exposição Pública de Poesia do Mundo, uma espécie de retrato poético-ideológico da geração de 45. Ainda naquele ano, Fraga, Antônio Olinto e Ernande Soares, fundaram a editora Macunaíma, que publicou a genial novela “Desabrigo”, de Antônio Fraga, que critica a desigualdade social, a enganação religiosa, a miséria e falta de perspectiva dos subúrbios cariocas.

A escolaridade formal de Fraga foi bem curta: só tinha o primário incompleto. Mas, mesmo assim, sabia sete idiomas e tinha amplos conhecimentos de Matemática, Filosofia e Botânica.

Sempre fez questão de transmitir seus saberes, semeando consciências críticas, lutando por uma sociedade mais fraterna.

Alfabetizou crianças e adultos em Formiga, Minas Gerais. Em Queimados, ministrou cursos de literatura em casa, organizou exposições de arte, participou da feira do livro, incentivou novos talentos, organizou grupos de jovens ligados a teatro e literatura e escreveu uma obra excelente, repleta de fecundas, produtivas e ferozes críticas à opressão social. Morreu em 19 de setembro de 1993.


É publicado e estudado ainda hoje. São aconselháveis as edições “Desabrigo e outras Narrativas” (que saiu pela coleção Sabor Literário, da José Olympio Editora) e “Desabrigo e outros Trecos” (da Relume Dumará). Vale a pena também ler a pesquisa “Antônio Fraga: personagem de si mesmo”, da professora Maria Célia Barbosa Reis da Silva, publicada pela Ed. Garamond.

(ANTÔNIO FRAGA AINDA NÃO FOI LIDO PELO CLUBE DE LEITURA ICARAÍ) 

23 de fevereiro de 2014

A ideia é dividir para ler mais









Evento: Entrevista para O Fluminense

Local: Livraria Icaraí

Data: 20/02/2014

Horário: 16:00 h


Novos Leitores são bem vindos


Jornalista e agora cliceana Cláudia Felício

Matéria publicada na edição de 23/02/2014 

Domingo

Segundo Caderno




CAMINHO DAS PEDRAS



CAMINHO DAS PEDRAS

                                            a Drummond

No meio do caminho estava teu corpo
Que se recusava a apodrecer
Cheirar mal,
Repugnar.

Velório cheio,
Missa de corpo presente,
Caixão enfeitado,
Cortejo fúnebre
Sepultura funda.

Missa de sétimo dia,
De trinta dias
De aniversário,
Não falecias.

Tentei conversar
Com teu espírito
Pedir racionalmente
A tua partida.
Não me ouvistes.

Continuavas espreitando
Vendo com quem eu saía
Em dúvida, se te traía.

No meio do caminho tinha uma pedra
Paralepípedo quadrado, pesado
Com ele, quebrei o espelho
Que a ti me prendia
Findo o encanto,
Ficou meu corpo
Estirado, inerte,
No meio do caminho.

Luiz Gavri
(Niterói, 28/12/13)

Recomendo o livro: O duplo de Otto Rank (http://www.dublinense.com.br/livros/o-duplo-um-estudo-psicanalitico/)
 

17 de fevereiro de 2014

Uma noite memorável (4)

Pequeno poema para a Lua do Espreitador

Logo após à dinâmica que inaugurou a solenidade de lançamento do livro do CLIc, nossa poeta e trovadora Ilnéa País de Miranda leu para nós seu “Pequeno poema para a Lua do Espreitador”, dedicando-o aos 15 anos do Clube. 




A menininha da Lua
da outra foto lá atrás
cresceu e agora flutua
de chapéu e tudo mais.

Chapéu de renda francesa
cobrindo pouco o cabelo
vai dengosa, que beleza,
passeando seu desvelo.

A menina, que era linda,
tornou-se linda mulher
e passeia a noite infinda
do jeitinho que ela quer.

Ao encontro do namorado
vai arrastando sua luz
faz brilhar o mar calado
a quem seu rosto seduz

No finalo da madrugada
lá p´ros lados do nascente
vê o sol, e apaixonada,
inventa o próprio poente.

e mergulha, corpo inteiro,
sua beleza singela,
e o mar, ainda solteiro,
abraça sua donzela.

16 de fevereiro de 2014

Uma noite memorável (3)

Haicais de Elenir Moreira Teixeira



(Inspirados em várias leituras)


Durante o lançamento do Livro CLIc 15 anos, Elenir declamou alguns de seus belos haicais (páginas 106 e 107). Seguem abaixo para seu deleite.


Mrs. Dalloway, de Virginia Woolf:

À brisa da noite,
macias pétalas curvam-se
e o jardim agita-se


Se me tocas, tremo.
Tal quel a erva no mar,
ao toque do remo.


Pequenas epifanias, de Caio Fernando Abreu:

Paisagens correrem,
pela janela do trem,
encantavam Caio.



Os sertões, de Euclides da Cunha:

No solo desértico,
as raízes se entrelaçam
e, unidas, resistem.



As nuvens, de Juan José Saer:

Tremia, o capim,
fustigado pelo vento.
O movimento único.

No gélido céu,
as estrelas coaguladas
sequer titilavam.



O tempo entre costuras, de María Dueñas

Quando, entre costuras,
não vejo o tempo passar.
Nem sinto as agruras;



A ilha sob o mar, de Isabel Allende:

Zarité, a escrava,
dançando ao som dos tambores,

15 de fevereiro de 2014

Uma noite memorável

CLIc 15 anos: entre livros e amigos


by Rita Magnago


Sempre adoro estar com o Clube em nossas reuniões mensais, mas ontem foi hipersuperespecial, uma noite para ficar registrada no sempre da memória. Sorrisos, boas conversas, abraços, beijos, livros, autógrafos, vinho, brincadeiras, declamações, música, poesia, leituras, apresentações, fotos, champagne, simpatia por todo o lado. 





Principais destaques

Gracinda nos brindou com uma de suas maravilhosas dinâmicas, planejada para a ocasião com carinho e delicadeza. Dez leitores citaram personagens marcantes de livros lidos pelo CLIc que gostariam de encontrar, em que local e o que perguntariam. Em breve você vai conferir aqui mais detalhes da dinâmica.


Em seguida Ilnéa leu para nós seu “Pequeno poema para a Lua do Espreitador”, dedicando-o aos 15 anos do Clube. Lindo, lindo, lindo, também em breve será disponibilizado aqui.


Depois, Elenir declamou alguns de seus belos haicais, explicando que haicai, na verdade, é para ser lido e sentido, mas ela não se furtou a atender ao pedido da amiga. Obrigada, querida. Aguarde para breve os haicais de Elenir.


Chegamos então ao mini café-concerto, gentil e ardorosamente preparado por Dília e Cristiana. Elas se esmeraram em selecionar trechos de textos poéticos dos autores do CLIc, os quais ganhamos um verdadeiro upgrade em suas vozes possantes.




Dando um brilho todo especial à noite, de lua cheia, por sinal, a voz de Zezé nos fez balançar corpo e coração, acompanhada pelo violão do músico contratado por Dília para a ocasião festiva.


Aplausos para a apresentação maravilhosa das meninas

Fechando o café-concerto, Sr. Antonio, dono da Guttemberg, fez sua já famosa e sempre perfeita performance de "Cântico negro".


Chegada a hora da foto dos autores presentes. Todos felizes e envaidecidos com o sucesso do Clube e do lançamento.

Sentimos falta dos presenciais Benito, Eloisa, Rose P.,
Fernando e dos virtuais Hélio, Luzia, Rose T. e Sonia.
Luiz Gravi, cadê você? 


Norma, a fundadora do CLIc, Evandro, nosso concièrge e membro desde os primórdios, e Emmanuel, o responsável por levar o clube para a UFF, posam para a posteridade.

Cintia, faltou você nesta foto, a grande e incessante arquiteta do livro

Casa cheia, leitores do CLIc, inúmeros convidados, possíveis novos membros do Clube, alguns já se apresentando à galera, Terezinha nos acolhendo, hum, tudo maravilha. 

  
 


Saímos ainda com disposição para esticar a comemoração, desta vez no Espaço 29, sugestão da Marlie. Foram necessárias duas mesas compridas e depois dos comes e bebes de praxe, o ‘Parabéns para o Clube’, regado a discursos de Norma, Evandro e Rita.

  



Ah, já estou com saudades!


14 de fevereiro de 2014

Autores participantes do 'Texto Coletivo' no livro do CLIc


São eles: 


Luzia, Carlos, Evandro, Benites, novaes/, Rita, Gracinda, Sonia, Vera, Rose P, Rose T, Eloisa, Elenir




Ilnéa Miranda está no Clube de Leitura Icaraí - 15 anos entre livros

Sem nome… como você




Eu te encontrei na rua
Pequena, frágil, delicada
Mas não estava só
E embora abandonada.

Dentre os irmãos: a mais bonita.
Me conquistate, olhar matreiro
De enormes olmos cinza-azul-azul cinzento.

Brincando de Deus
Decidi te dar felicidade.
E, mais que isso pensei
Poder te fazer Feliz.
E te peguei no colo…
… te trouxe numa caixa…
… pequena… assim como você
E de segunda mão,
Assim como você.
Pobre criaturinha…
… ou pobre de mim?

Você se foi, quieta
Sem deixar vestígios
Além daqueles que deixou em mim.
Linda coisinha branco e cinza
           Me perdoe.
Brincar de Deus… não é fácil assim.

Ilnéa,

em 16 de dezembro de 1980


13 de fevereiro de 2014

Escritores participantes de "Clube de Leitura Icaraí - 15 anos entre livros"


Gostaram do que eles escreveram no livro do CLIc?




Você poderá encontrá-los e adquirir seus livros próprios no evento de lançamento da Antologia do CLIc


LANÇAMENTO


Clube de Leitura Icaraí  - 15 anos entre livros


14/02/2014

18:00 h

Livraria Icaraí

Rua Miguel de Frias, 9



12 de fevereiro de 2014

Ilnéa Miranda está no Clube de Leitura Icaraí - 15 anos entre livros

Os Filhos Ocultos de Eva

Dos numerosos ditos populares ligados à visão, talvez o mais conhecido e mais óbvio seja o que afirma que os olhos são as janelas da alma. O significado deste adágio entretanto, como quase tudo na sabedoria popular, corre em mão dupla:- o olhar não nega o que a alma vê e sente. E olhos seguem por aí reconhecendo e expondo almas ao mundo do jeito que lhes parecem. Alguns, porém, fazem-no de forma única, muito peculiar.

Que olhos, por exemplo, seriam aqueles que descrevem e desenham fadas, elfos, gnomos, bruxas, duendes e toda sorte de pequenas entidades elementais habitantes de uma Terra de Maravilhas que, para a maioria dos humanos, só existe no imaginário das histórias infantis? 


Janet Hill
Para mortais comuns, de olhar cotidiano e adulto, uma abóbora é uma abóbora e, quando vêem uma delas, o máximo que conseguem, em bissexto rasgo de criatividade, é imaginá-las servindo de recipiente próprio para o quitute especial da casa da sogra ou do restaurante favorito. Aos privilegiados, contudo, é dado enxergar, no trivial e rotundo legume, a carruagem da princesa. 

A mitologia islandesa  conta que Eva estava banhando seus filhos no rio, quando Deus falou com ela. Assustada e temerosa, escondeu aqueles que ainda não tinha banhado. Deus perguntou-lhe se ali estavam todos os filhos que tinha e ela respondeu que sim. O Senhor então declarou que aqueles que ela ocultara Dele seriam mantidos fora do alcance de visão humano. E os filhos ocultos de Eva se transformaram em seres encantados.




Quem sabe alguns deles não conseguiram transpor a barreira imposta por Deus e não se misturaram aos homens disfarçados de escritores e ilustradores dos mitos e lendas desse Reino Encantado de todas as culturas? Talvez nem mesmo eles tenham consciência da tarefa escolhida, e nem percebam que seu olhar vai além da forma da folha, ou da planta, ou de uma gota que faz cintilar a luz do sol. Este olhar especial reconhece os pequeninos seres que ali se escondem, mas só se mostram a seus iguais e, quem sabe, a uns poucos escolhidos cuja retina repousa na alma.




Não importa. Para estas pessoas incríveis e neste lugar onde fantasia e realidade de misturam, se fundem, se confundem e se completam, só o impossível é impossível. Tudo o mais, simplesmente, é.




Ilnéa é natural do Estado do Rio de Janeiro e moradora de Niterói. É escritora, tradutora, terapeuta vibracional, contadeira de histórias... e advogada das coisas em que acredita... e, faz tempo, acredita no CLIc!

"Sou do tempo da Ver & Dicto, penso que bem no princípio... e para lá me fui pelo carinho de Norma Lannes, amiga, sim, desde os tempos do Ballet de Eunice Linton. Poderia eu ter guia melhor?"

Seu livro "Eu Menina Toda Prosa... e alguma Poesia" foi debatido no clube de leitura Icaraí em Setembro de 2012




 

11 de fevereiro de 2014

Fernando Robles está no Clube de Leitura Icaraí - 15 anos entre livros

A criação de Carlos

São os fragmentos que nos constituem

Carlos chega ao colégio convencido de que criara algo completamente em cisão com o convencional, causando comoção em todo cabedal de correlatos e começando uma colossal celeuma.

Vivemos no universo
do simulacro e do fascínio


Denise, dedo-dura, denunciou despoticamente tal ditame, dizendo duvidar da dinâmica individual do delineamento da "dádiva" declarada por um disperso Carlos, desencadeando o debate.

Ernestina esclareceu o entrevero e elegantemente elaborou que era evidente que Denise estava, em parte, engajada em ensejar este embate por ene elocubrações que se eliciariam em sua efígie de empertigada examinadora, mas estabeleceu que Carlos nada exercera para dar elã a tal emblemático enfado, elogiando-o em sua empresa especial.  



A história sempre se repete como farsa?
Ou como farsa da farsa?
Ou a farsa é a história?
A história é um nada, pois não se tem história?
Fulgêncio fugiu do foro da fissão e, felizmente, fez-se fiar por sua fidalguia, falando apenas fáceis firulas fonéticas e fazendo fenecer em falácia as frases ferinas formuladas pela falastrona Denise.


Guilherme achou graça no golpe germinado pelos gorjeios galantes de Fulgêncio, que, genialmente, galgou outro gerenciamento grupal dos gestos grosseiros de Denise.


Heloísa, hispânica por herança helicoidal de seu DNA, em "hilos" hilários disse higienicamente sobre Carlos: ‘El ha hecho muy bien'.


Ivan, inda inadvertido e ilegítimo às indagações, indaga, com sua inata indolência ingênua de imberbe: ‘Mas, afinal, o que cargas d’água criou Carlos?!’



Robles é formado em Psicologia e Mestre pela UNIFESP 

"Conheci o CLIc em janeiro do ano 2012 (debate de O evangelho segundo Jesus Cristo, do Saramago), por acaso, quando vinha e voltava muito de São Paulo — oriundo que sou de lá e aonde cursava mestrado na UNIFESP — em função de um início de namoro com uma moça aqui do estado do Rio e moradora de Niterói. Rato de livraria, perambulando pela praia vi e fui conhecer a livraria da UFF numa ocasião, fui convidado gentilmente (como sempre) por Dona Teresinha: aceitei... e adorei.

A partir de então, procurava sempre sincronizar minhas vindas com as semanas de encontro... acontece que hoje, findo meu mestrado, esta namorada virou minha mulher e esperamos um filho desta nossa união, o Clube de Leitura fez parte viva nesta nossa história, mudo-me para Niterói e espero cada vez mais desenvolver laços de amizade e trocas com todos muito interessantes e já queridos membros do grupo. Sou psicólogo e psicanalista clínico, mestre em Ciências da Saúde e em vias de garimpar algum doutorado pelos lados de cá."



9 de fevereiro de 2014

Gunter Karl Pressler e Casa Dalcídio Jurandir presentes no livro do CLIc




"Prezados,
A sexta-feira no Clube de Leitura foi uma experiência muito boa. Gostaria de voltar num outro momento e escutar o que os leitores interessados percebem e articulam. Acredito que assim se lida bem com a literatura, pois ela foi escrita para leitores voluntários que complementam sua experiência de vida com e pela literatura. Ela não foi escrita para ser "provada" nas leituras OBRIGATÒRIAS de vestibulares. Ainda tem esperanças...

Um grande abraço," (Gunter Karl Pressler em 06/06/2011)

Dr. Gunter Grass no Clube de Leitura Icaraí

Gunter Karl Pressler é doutor em Teoria Literária pela Universidade de Constança (Alemanha) e professor de Teoria Literária da Universidade Federal do Pará (UFPA). Especialista na obra de Dalcídio Jurandir, compareceu ao Clube em 03/06/2011 discorrendo sobre a obra do autor, especialmente Marajó.


Nosso companheiro de leituras José Roberto na comemoração do centenário de Dalcídio na UFF

Lançamento do livro "Chove nos Campos de Cachoeira" na Livraria Icaraí

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