A picareta que matou Trótsky |
Ao desembarcar no porto de Tampico no México, em 1937, a revista americana “Time” publicou:
“Hoje Trótsky está no México – o país ideal para um assassinato”.
“A alternativa histórica é a seguinte: ou o regime de Stálin é uma recaída detestável no processo de transformação da sociedade burguesa em uma sociedade socialista, ou o regime de Stálin é o primeiro estágio de uma nova sociedade exploradora. Se a segunda hipótese mostrar-se correta, então, logicamente, a burocracia se converterá em uma nova classe exploradora.” (Trotsky)
A história não terminou!
Premiado na França, na Itália e em Cuba e prestigiado em mais de sete traduções, o thriller O homem que amava os cachorros, de Leonardo Padura, é tema de debate da próxima edição do Clube de Leitura Icaraí. O evento acontece nesta sexta, dia 11 de julho, às 19h, na Livraria Icaraí (Rua Miguel de Frias, 9, em Niterói). A entrada é gratuita.
A história se passa em 2004 e é narrada pelo protagonista Iván, um aspirante a escritor que atua como veterinário em Havana. Ao encontrar com um homem que passeava com seus cães, Iván trava uma conversa na qual ouve relatos que o levam a retomar os últimos anos da vida do revolucionário russo Leon Trotski, seu assassinato e a história de seu algoz, o catalão Ramón Mercader, voluntário das Brigadas Internacionais da Guerra Civil Espanhola e encarregado de executá-lo.
Diante de tal depoimento, o narrador reconstrói as trajetórias do comandante do Exército Vermelho durante a Revolução de Outubro e do responsável por seu assassinato. Os dois percursos ganham sentido quando Iván projeta sobre elas sua própria experiência na Cuba moderna, seu desenvolvimento intelectual e seu relacionamento com “o homem que amava os cachorros”.
Sobre o autor: Leonardo Padura Fuentes nasceu em Havana em 1955. Formado em Letras pela Universidade de Havana, trabalhou como escritor, jornalista e crítico literário até a década de 1990, quando ganhou reconhecimento internacional por uma série de romances policiais estrelando seu mais famoso personagem, o detetive Mario Conde. Mas foi com o romance O homem que amava os cachorros que Padura se consolidou no mundo literário, ganhando prestígio para além do gênero policial.
O México era o lugar ideal para se assassinar Trótsky quando este lá chegou, em 1937, mas a hora ideal só ocorreu com o término da guerra civil espanhola, quando os stalinistas fugiram da Espanha e migraram para o México em grande número e que também a quarentena imposta a Trótsky por Stalin já se cumprira e este queria se concentrar desta feita na II grande guerra.
ResponderExcluirEnquanto o sistema soviético era um coletivismo burocrático, no Brasil, o que vige, é um coletivismo de corruptos.
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