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23 de julho de 2014

Convescote da Dona Maricotinha no Solar do Jambeiro




Maricota está que não se pode!

Lançamento do livro "Dona Maricotinha", em 19-07, às 17h, no Solar do Jambeiro, em Niterói.



Estarão liberadas todas as maricotices!





Anabelle Loivos Considera Conde Sangenis


Foto


Anabelle Loivos Considera Conde Sangenis é fluminense, nascida no Município de Cantagalo, em 25 de setembro de 1973. Licenciou-se em Letras - Português/Literatura pela Faculdade de Filosofia Santa Doroteia, em 1994. Concluiu o Mestrado em Letras - Literatura Portuguesa, na UFF - Universidade Federal Fluminense, em 1999 e o Doutorado em Letras - Literatura Comparada, também na UFF, em 2005. Atuou durante 11 anos na escola básica, lecionando Língua Portuguesa e suas Literaturas e Língua Inglesa, em escolas públicas e privadas. Foi revisora gramatical da Prefeitura Municipal de Nova Friburgo - RJ, ingressando nos quadros municipais por concurso público. Exerce a docência no ensino superior, desde 2000, na graduação e na pós-graduação "lato sensu";. Foi professora da Faculdade de Filosofia Santa Doroteia, da Universidade Estácio de Sá e da Universidade Salgado de Oliveira - tendo, nesta instituição, ocupado o cargo de Coordenação do Curso de Letras. Em 2006, foi selecionada para lecionar na Faculdade de Formação de Professores da UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Desde janeiro de 2007, é Professora Adjunta da Universidade Federal do Rio de Janeiro, na Faculdade de Educação, pertencendo ao Departamento de Didática. Atualmente, dedica-se a pesquisas nas áreas de Educação (com ênfase em História da Educação e Memória) e Letras (com ênfase em Literatura Comparada, em Didática Especial da Língua Portuguesa e suas Literaturas e em Práticas Pedagógicas e Estágios Supervisionados). Pertence a grupo de pesquisa interinstitucional (UFRJ/UERJ), dedicado aos temas "Disciplina e Castigos Corporais nas Escolas do Rio de Janeiro - 1854-1932", "História e Memória do Franciscanismo no Brasil - Reedição do Novo Orbe Seráfico Brasílico, do Frei Antônio de Santa Maria Jaboatão"; e "História, Memória e Identidade Fluminense". É membro do corpo de pesquisadores e sócia do ILTC - Instituto de Lógica, Filosofia e Teoria da Ciência. Presentemente, desenvolve na FE-UFRJ o projeto de extensão interinstitucional "100 Anos Sem Euclides" (em parceria com a Faculdade de Letras-UFRJ e com a UERJ-FFP/São Gonçalo-RJ) e o Programa de Extensão "Caminhos da Serra Fluminense" (Faculdades de Letras e Educação-UFRJ), cujas ações culturais, acadêmicas e educativas visam a destacar a memória e o espólio literário de Euclides da Cunha, especialmente no âmbito do município de Cantagalo-RJ, cidade natal do escritor, e atividades de educação patrimonial, alfabetização e letramento e de preservação de acervos culturais nos municípios serranos de Nova Friburgo-RJ, Bom Jardim-RJ e Cantagalo-RJ. Além da coordenação dos referidos Projeto e Programa - que contam com o apoio das Pró-Reitorias de Extensão e de Graduação da UFRJ -, supervisiona as atividades do Cineclube da Cunha (contemplado através de Edital público PROEXT-MEC 2010), do "Arquivo de Memória Amélia Tomás" (contemplado com o PROEXT-MEC 2014); e do Ponto de Cultura "Os Serões do Seu Euclides", em parceria com o MinC e a Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro. É autora e coorganizadora do livro "Didática e Prática de Ensino de Lingua Portuguesa e Literatura: desafios para o século XXI." Rio de Janeiro: Lamparina, 2010 (com Lucelena Ferreira - Universidade Católica de Petrópolis) e coautora da biografia "Euclides da Cunha: da face de um tapuia" Niterói: Nitpress, 2013 (com Luiz Fernando Conde Sangenis - UERJ/ Faculdade de Formação de Professores). 



1- Por que esta homenagem a sua tia? 

Dedé era uma pessoinha prosaica, cheia de histórias, alegre, vívida e peculiar. A própria história de vida dela (uma moça pobre do interior que fazia vestidos de noiva para outras moças ricas do interior, mas que nunca se casou...) já daria um romance... Como eu não sei escrever em prosa, optei pela poesia: mais cheia de maricotices para o que eu precisava dizer/reinventar.

2- Quanto tempo você levou para escrever os poemetos? 

Os poemetos foram escritos num período de um ano, mas a maior parte deles teve o seu "parto" entre abril e maio do ano passado, 2013. Como escolhi como plataforma de experiência poética compartiva o facebook, acabava postando na página da Maricotinha (que tem mais de 200 fãs!) esses cacos de lembranças, muitas minhas, mas outras tantas de gente que conviveu com minha tia-avó. As colaborações foram preciosas, e todas elas acabaram virando um poemeto. Para além da Dedé, eu construí a Maricota, mulher do interior como eu, para falar de coisas que eu não vivi, mas que estão impregnadas na minha formação, nas esquinas da minha cidade e nas ciladas da minha memória.

3- Como o seus trabalho como professora auxilia na escrita. Interfere? 

Escrita é saúde e desvio. Magistério também. Claro que um me reencanta o outro, e não há limites nessas interposições. Pelo título do livro e também pelo fato de eu ser formadora de professores de Literatura, muitas pessoas me perguntam se Maricotinha não seria um livro infanto-juvenil, quiçá, uma proposta "didática". Eu digo que é, sim. Porque eu o escrevi como a sobrinha-neta. Minha foto de identificação na contracapa do livro é a da Anabelle-menina. A menina que sempre quis ser professora, escrevendo sobre a tia costureira que se tornou o orgulho da família por terminar o curso normal com mais de 50 anos de idade... Mas quando as pessoas conhecem os poemas, elas me acham maluca! E, aí, eu digo que poesia é pra brincar: giroflê, giroflá. A minha Maricotinha me deu um prazer incrível de inventar. Faço roda com ela todos os dias e brinco de pega-pega, e ainda tem espaço pra mais umas dúzias de brincantes-leitores!

4- o que você acha que a Maricotinha acharia desta homenagem? 

Ela me diria: "Você é danadinha!"

5- tem algum fato engraçado sobre este livro? 

Se ternura é coisa engraçada, me faz rir o fato de eu ser apaixonadinha pelas miçangas, dobraduras, linhas e agulhas que bordei junto com a Maricota, nas páginas desse livro. Engraçado é a gente pensar que vidas comuns não se dizem. Ou talvez a gente abrir o livro numa página qualquer e se encontrar e se identificar com uma tia, uma ancestral, uma mulher que não fez revolução, não queimou sutiã, que não quis nem casar pra não dar trabalho. Eu sou um pouco Maricota, e tenho visto, com alegria, outras mulheres rindo comigo das travessuras convencionais da minha Maricotinha. Por fim, engraçado é a gente comer poesia como se comem os quitutes da Maricota: com prazer, renúncia, decisão e atemporalidade. 



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