Coisas Pequenas das Pequenas Coisas
Ilnéa País de Miranda
Pequenas coisas que nos entristecem
Fazem calar um dom, doce e precioso,
Em certo traço do maravilhoso
Onde os milagres sempre acontecem.
Pequenas coisas que fazem formoso
Um dia simples, desses que se esquecem,
Parcas belezas que nos envaidecem
Como sorrir ou gargalhar gostoso.
Pequenas flores, ou algo que contenha,
Perfume frágil mas, que oloroso,
Possa inventar seu jeitinho de senha.
Pequenos traços que vida desenha
Envelhecendo a pele, a alma, o gozo,
Como se fosse, dela, uma resenha.
Ilnéa, que belo soneto! Parabéns!
ResponderExcluirIlnéa, que lindo soneto! A poesia, nossa companheira, tão bem resenhada em seus versos, traz, realmente, mais leveza à nossa vida. Parabéns!
ResponderExcluirElenir
Belo poema, Ilnéa. Suave, a começar pelo título. Delicado como um poema bucólico pastoral. E a estrofe final, uma bela símile do passar dos dias (Pequenos traços que vida desenha/ Envelhecendo a pele, a alma, o gozo,/Como se fosse, dela, uma resenha.), revelando os traços, as marcas que nos acontecem sob o tempo. Realmente os traços são como resenhas (bela metáfora) que dizem quem fomos e o que somos, assim como o caminho que percorremos. O poema é um amainar do coração enquanto desfia a realidade de nossos ganhos e perdas. Mas acima de tudo, é um poema, independente do que asserte sobre a vida, de bela construção e estilo. Enfim, um poema com cara de poema.
ResponderExcluirParabéns Ilnéa (e Elô pela escolha)!
Que poema...delicado, Ilnéa.
ResponderExcluirParabéns e obrigada!
Beijos ternos,
Vera.
Um orgulho do CLIc! Pararabéns, Ilnea pela sua poesia e parabéns à sensibilidade de quem a admirou nessa postagem...Poesia que alimenta nosso dia, é a dessa poeta.
ResponderExcluirParabéns querida amiga, sua poesia traduz a doçura e a sensibilidade da sua alma-poeta. Beijo e carinho sempre.
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