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28 de outubro de 2013

CLIc 15 anos: viagem a Conservatória dá o que contar (Parte III)

Para ler as partes 1 e 2, clique nos links abaixo:



No ônibus fretado que nos acompanhou em todos os passeios, reparei que Zezé estava especialmente bonita, toda pintadinha, mas ... era domingo, Igreja de Santo Antonio, vai que... Nada disso que você pensou, chegando à praça principal, enquanto esperávamos a missa dos seresteiros acabar, ela sumiu. Mudou de roupa e foi aparecer de vestidinho preto no altar, ao lado de Cris e Dília, conversando com um violeiro que eu não conhecia. Será que ela vai cantar? Não deu outra, enquanto arrumavam o microfone a moçoila ficou de altos papos com o do violão, como quem combina o tom e outros detalhes. Dília era uma pilha de nervos - do lado de fora da igreja já tinha fumado todos -, e Cris estava,como sempre, calminha, em um penteado muito chique, cabelos presos com trança embutida.


O café concerto começou com Zezé cantando “Cio da terra”, lindamente. Nunca podia imaginar que nossa colega tinha também esse dom musical. Que graça e presença de palco, descontraída, livre, leve e solta. 


Divinos versos foram alimento para alma e lavaram todos os eventuais resquícios da noite anterior. Acho que foi por isso que quando saímos da igreja tinham uns pingos de chuva caindo. Teve quem foi às compras de novo e depois, nos reencontramos todos no ônibus. Se não me engano foi quando Rose T. me cutucou e disse que Elenir havia sido premiada também, em 7º lugar, sendo que não sabíamos porque perdemos o primeiro dia do festival. Uma sorte a organizadora lá do Café Literário ser também a que estava à frente do Festival e ter perguntado à Dília se não era do nosso grupo uma senhora de nome Elenir, que não tinha aparecido para pegar seu troféu, por conta do atraso devido ao trânsito.  Que ótima surpresa!

Durante o almoço aproveitei para tirar fotos de todas as mesas com Elenir e seu troféu e antes de partirmos de volta ela declamou sua bela poesia, arrancando aplausos e gritos de 1º lugar.

  

 

 

Todos já estavam a postos para o retorno, exceto o motorista, que havia nos advertido para não sairmos sem ele, há há há.  Dília e Cris bem que quiseram nos brindar com novo café concerto, um potpourri dos melhores cafés de 2013, mas o povo tinha almoçado bem, o balançar suave do ônibus, sabe como é. O sono ganhou do sonho daquela vez. 

Depois da breve parada, onde muitos se refrescaram com um picolé - não é Gracinda? -, cantamos muitas e muitas canções, de serestas e MPB. Zezé tentou dar mais uma canja, mas o microfone não estava nos seus melhores dias. Elô aproveitou e sugeriu que eu fizesse uma entrevista com nossa cantora-revelação para o blog do Clube. Anotado.  E assim voltamos aos pontos de encontro, deixando Cláudia, Rose T. e Sonia no Rio e todo o resto do povo em Nikit.


Não sei se deu pra você captar um pouco do clima. Embora eu tenha tentado cobrir os principais momentos, muita coisa com certeza ficou de fora. O mais bonito foi o carinho de Cris e Dília o tempo todo com a gente e da gente em momentos tão especiais onde sorrisos eram fartos como a presença da natureza. Não disse antes, mas Marise fez um bonito agradecimento antes de embarcarmos, logo após a declamação de Elenir, e finalizou lendo o poema do amigo. 

Difícil essa coisa de relatar uma vivência transparecendo o que a gente sente, espero que outros participantes possam compartilhar suas impressões também. De minha parte, se tivesse que escrever apenas uma palavra, seria a que aprendi no Clic: GRATIDÃO.

5 comentários:

  1. Rita seus relatos estão maravilhosos e obrigada por compartilhar conosco essa degustação de prazeres efêmeros na duração mas eterno no tempo da emoção de cada um. Uma ótima pedida para quem está em repouso ainda, me diverti também. bjkas para todos.

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  2. Como você flui na escrita mulher! Parabéns por ser esta talentosa, autêntica, versátil e ágil comunicadora!
    Obrigada por este relato que generosamente fez o CLIC viajar conosco...

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  3. Rita, foi um prazer ler o seu relato! Parece que eu estava lá, participando de tudo. Embora geograficamente falando, não estivesse tão longe assim, por conta do Concurso tivemos que ficar em hotéis separados e os nossos encontros apesar de breves, foram de muita troca afetiva. Isto é o que importa ... Acho que Conservatória deixou muitas saudades ... Lúcia, a amiga, que me acompanhou, até já se sentia pertencente ao grupo! Bjos e até breve!

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  4. Cliquei em anônimo, mas não queria ficar anônima: Maria Luiza Moraes Wilson. Não sei se estou sabendo lidar muito bem com todas estas opções ...

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