Maria Marlie: Cacau,
de Jorge Amado
"Acho que o Clube deveria ler Jorge Amado. Ano passado
comemoramos o centenário dele e é um escritor maravilhoso, regional mas ao
mesmo tempo universal. Jorge tinha apartamento em Paris, era uma baiano
europeu, foi inclusive cogitado para ser prêmio Nobel, pela projeção da sua
obra. Ele teve três fases distintas. Do início, com grande influência do
comunismo, época em que ele fazia viagens à Rússia, destaco Cacau e São Jorge
dos Ilheús, para mim muito interessantes porque são fortemente críticos, mais
elitizados, não muito conhecidos do grande público, e a boa literatura não fica
antiga. Na fase intermediária temos Tocaia Grande, Velhos Marinheiros (contos).
Depois veio a fase mais famosa, de Gabriela, por exemplo. Eu li todos, li
também A tenda dos milagres, Capitães de Areia, a obra dele é muito importante.
Creio que devemos nos voltar para as nossas figuras. Deve ser lido pelo Clube
ao menos uma vez."
Gracinda Rosa: Os Catadores de
Conchas, de Rosamunde Pilcher
“Há muitos livros que são importantes para mim, mas não sei se
outros teriam o mesmo chamamento pela leitura. Alguns deles, estando esgotados,
seriam de difícil indicação. Lembrei-me de um livro mais atual e que, segundo
pesquisa que fiz no blog, nunca foi lido no Clube. Trata-se de Os Catadores de
Conchas, de Rosamunde Pilcher. É da Editora Bertrand Brasil e o
meu exemplar é de sua 26ª edição. O susto é que ele tem 632 páginas que, para
mim, no entanto, foram maravilhosas de ler. Creio que ela é irlandesa. Vive,
atualmente, na Escócia. "Reconhecida internacionalmente como uma das
melhores escritoras de histórias de amor da atualidade. Já publicou diversos
livros de contos e romances." (da orelha do livro). Ela cria
personagens convincentes, escolhe cenários muito bem descritos, e vai contando
uma história que prende nossa atenção do começo ao fim. Não sei se o grupo
também gostaria de ler esse livro.”
Para ler mais sobre o livro, clique aqui
Para ler mais sobre o livro, clique aqui
Antonio Rodrigues: O passado, de
Alan Pauls
"Há um escritor argentino que tenho vontade de ler faz
tempo. Trata-se de Alan Pauls. Se o CLIc ainda não o leu, sugiro "O
Passado", caso já tenha lido este, sugiro "A história do
pranto". A curiosidade em ler Alan Pauls nasceu do sucesso obtido
com "O Passado", que foi adaptado (e muito criticado) para o
cinema pelo brasileiro Hector Babenco. Outra coisa que contribui com esse meu
desejo em ler A. Pauls
é a sempre elogiada escrita do argentino, que já é saudado por muitos como um dos
maiores escritores latino-americanos da atualidade."
Para ler mais sobre o livro, clique aqui
Para ler mais sobre o livro, clique aqui
Rose Pinto: Os Maias, de Eça de Queiroz
"Os Maias, de Eça de Queiroz, é um clássico e acho que está
na hora de revisitarmos os clássicos. É o livro mais famoso do autor, que
contempla a trajetória da família Maia durante três gerações e, aparentemente,
traçando um paralelo com o momento político e social de Portugal. Trata das
hipocrisias da sociedade portuguesa na ocasião (publicado em 1888). Nunca li
nada importante dele. Só alguns contos, dos quais gostei. Pode ser
que o grupo já tenha lido num passado longínquo.”
Para ler mais sobre o livro, clique aqui
Para ler mais sobre o livro, clique aqui
Elenir Teixeira: Lendo Lolita em Teerã, de Azar Nafisi
"Torno a indicar "Lendo Lolita em Teerã", de Azar Nafisi, da Best Bolso. Trata-se de "Memórias de uma resistência literária", como consta da complementação ao título. Envio uma pequena resenha: "A autora iraniana nos conduz à intimidade da vida de oito mulheres que precisam encontrar-se secretamente para explorar a literatura ocidental proibida no seu país. Elas liam em conjunto Orgulho e Preconceito, Madame Bovary, Lolita e outras obras clássicas. Sua narrativa remonta aos primeiros dias da revolução islâmica liderada pelo aiatolá Khomeini. Obra de grande paixão e beleza poética que nos ajuda a entender os sangrentos conflitos do Irã com o vizinho Iraque, e a tirania do regime islâmico."
Para ler mais sobre o livro, clique aqui
Para ler mais sobre o livro, clique aqui
Fátima Namen: A ilha do dia antes, de Umberto Eco
"A ILHA DO DIA ANTES - Livro para quem quer mergulhar
na ficção, com história, geografia, poesia. Excelente para quem
gosta de cartas de amor.
Um primor para quem quer conhecer a lenta e traumática iniciação ao mundo setencentista da nova ciência, da razão, da guerra dos Trinta Anos.
Paixões insatisfeitas, duelos, assédios e tramas de espionagem."
Para ler mais sobre o livro, clique aqui
Um primor para quem quer conhecer a lenta e traumática iniciação ao mundo setencentista da nova ciência, da razão, da guerra dos Trinta Anos.
Paixões insatisfeitas, duelos, assédios e tramas de espionagem."
Para ler mais sobre o livro, clique aqui
rita...magnifica sua ideia de criar este espaço..os livros indicados sao interessantes...so li 2 deles ha muito tempo.Alguns autores eram desconhecidos por mim.
ResponderExcluirGrata pela colaboraçao...Ceci
Oi, Ceci. Que bom que você gostou do Bel-Clic! Acho legal conhecermos as indicações de pessoas que conhecemos e muitas das quais admiramos, inclusive os gostos literários. Dessas seis indicações, eu, por exemplo, apreciei todas, mas tendo por "Lendo Lotita em Teerã", num primeiro momento porque tenho muita curiosidade em saber mais como vivem as mulheres em Teerã e adjacências e o que elas estão fazendo para se libertar de tantas amarras. De toda a forma, me sinto como a Rose T., um pouco desesperada por querer ler tudo e não dar conta.
ExcluirÓtimas sugestões! Minha preferência pro mês, infelizmente, não é nenhum desses livros. Estou atravessando uma fase com motivações poéticas por um lado e competitivas por outro. Para conciliar ambos os estímulos, gostaria de ler algo de Vinicius de Moraes. Alguém tem alguma dica?
ResponderExcluirDepois que a Rose detonou a obrigatoriedade de alternar autores brasileiros e estrangeiros, estou curioso para saber qual a próxima parada do nosso tour mundial, que começou na Alemanha com Hermann Hesse e seu Sidarta.Para mim, o destino deve ser Rio de Janeiro! Alguém mais arrisca?
Muito se fala mas de vez em quando algo acontece e a fala de alguém vira ação transformadora. Foi assim com a ideia de se escrever um livro a muitas mãos que finalmente está acontecendo depois que Luzia e Rita fizeram precipitar do mundo das ideias o projeto concreto do livro e, igualmente, a iniciativa da Rose na última reunião, que fez a votação que derrubou a obrigatoriedade citada acima.
Rita, achei excelente a ideia de registarmos de forma transparente o voto de participantes do CLIc, mostrando a diversidade existente, embora eu respeite também a preferência de alguns que preferem o anonimato. Sugiro que você tente ampliar o máximo possível a abrangência dos consultados nos próximos números do BEl CLIc. Em breve, bastará consultarmos a relação de opiniões para saber qual o livro que o CLIc quer ler, embora eu entenda que haja uma certa dinâmica nessas manifestações.
Saudações literárias a todos!
[ ]
Obrigada, Evandro. Já tenho dois depoimentos para o próximo número e aproveito para convidar todos os que desejarem participar do nosso Boletim, enviando um e-mail para rita.magnago@gmail.com com a sua indicação e justificando a escolha, porque só tenho os e-mails das pessoas que se comunicam através do e-mail do grupo. Quanto a Vinícius, mais uma ótima sugestão. Nossa lista só cresce...
ExcluirNossa, adorei isso aqui! O problema, grande problema é que gostaria de ler todos. Parabéns ao Clic por este espaço.
ResponderExcluirEntão, Rose, isso é mesmo um desafio. Mas, dentre as seis sugestões desse Boletim, no face, você e sua xará, Rose P.,destacaram a sugestão de Gracinda, que também me deixou com água na boca. Me sinto num buffet, a pena é que nem tudo cabe no prato, rsrsrs.
Excluir