(por: W. B.)
O romance "O Senhor dos Sonhos" do escritor pernambucano Raimundo Carrero é um livro cheio de humanidade, para aqueles que gostam da verdadeira literatura. Nele, um senhor caridoso resolve construir um abrigo para velhas indigentes, desamparadas. Acaba entrando em conflito com a sociedade, com a polícia e, principalmente, com o poder político. Os problemas se dão porque - como é época de eleição - o prefeito pretende demonstrar ao povo que o abrigo da prefeitura já é suficiente para amparar as idosas.
O romance, publicado pela Atual Editora, tem 98 páginas, é dividido em 23 capítulos curtos, narrado em 3ª pessoa, sem flasbacks, com acontecimentos seguindo a ordem cronológica. Vale destacar, como pontos altos da narrativa, os capítulos em que o personagem principal dialoga em sonho (ou imaginariamente) com a mãe muda.
Um livro cheio de sonho e esperança, em oposição à realidade dura e cruel. Realidade esta que, mesmo vencendo, não pode impedir que se sonhe.
(RAIMUNDO CARRERO AINDA NÃO FOI DEBATIDO NO CLUBE DE LEITURA ICARAÍ)
Esse fim de semana encontrei um livro do Raimundo Carrero na Travessa: TANGOLOMANGO. Lembrei de você, W. B., você já o leu?
ResponderExcluirSou favorável à escolha de autores que ainda não lemos no Clube. Alguém mais apoia essa indicação do W.B.?
Amigo Evandro,
ResponderExcluirObrigado pela lembrança. Ainda não li Tangolomango. Deliciei-me com outros de Carrero como: "Maçã Agreste", "Somos pedras que se consomem", "A Dupla Face do Baralho" etc. Mas que fique claro: mantenho a indicação, para leitura pelo clube, de "Malagueta, Perus e Bacanaço" do João Antônio, também nunca lido no CLIc.
Forte abraço e boas leituras,
W. B.
Apoio a ideia do W.B, e reivindico (em companhia do W.B) a indicação do querido João Antonio. Indiquei estrangeiros esquecidos também e torno a indicar, nos seus 100 anos, o "sabiá" Rubem Braga, que seria o segundo livro exclusivo de crônicas a ser lido pelo clube. Indico ainda Moacir C. Lopes, autor que traz perfumosas maresias para quem o lê.
ResponderExcluirCarlos Rosa.
Raimundo Carrero faz um alinhamento afiadíssimo entre o imaginário e o real. Estou no início da leitura de Condenados à Vida e mal pude acreditar no prólogo da obra. É brilhante!
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