Aqui há um fogo que não morre nunca
e queima minhas entranhas
estranhas dores que desprezo e alimento.
Aqui há uma chama acesa
para que eu me apague
em silêncio
e cale a presunção.
Aqui há brasas que mantêm as raivas acordadas
apesar da idade do tempo.
E a esse fogo, a essa chama e a essas brasas
só posso responder vingando-me
por mim, de mim, em mim
general sem batalhas
solidão de castelo
perdendo a guerra.
Agora o vento com cheiro de tomilho
pode balançar os castiçais e
apagar as velas azuis
não há mais céu nem limite
nada mais me aquece ou instiga
foi-se a amizade, sucumbiu o amor
meu velho espírito
à penumbra do viver
entende e se acalma
aplaca a fúria da traição
compensa a morte
com a mesma outra resposta
e pode partir na paz de um beijo mudo.
Rita Magnago
"As Velas Ardem Até ao Fim"
Obrigada por ser sempre atencioso. Vi um pedaço do filme para curtir a ambientação e dar rosto aos personagens. A língua húngara me pareceu dura como a vida que o general se impôs, combinou bem.
ResponderExcluirBelo poema! E pensar que essa poetisa é minha muié... :)
ResponderExcluirCíntia: ensina ela a fazer aquela torta de morango... só falta isso pra ela ser perfeita!
Pensando bem... Não! Não! Espera! Não quero ficar como o marido gordo e dorminhoco do conto do Carlos! Vai que algum admirador de 1969 telefona... (Bem, em 1969 Rita teria uns 5 aninhos, mas mesmo assim é melhor não arriscar!)
Sobre o livro: lerei! "As Brasas", do húngaro Sándor Márai.
Newton, eis a receita para contribuir com a bela poesia da Rita e acompanhar a leitura deste livro. O segredo é você fazer, assim gasta as calorias que consumirá depois :)
ResponderExcluirTorta Caeliana da Felicidade
Massa:
- 2 xícaras de farinha de trigo
- 1/2 xícara de açúcar
- 1 ovo
- 100 g de manteiga (ou margarina)
- 1 colher de sopa de fermento
Peneirar a farinha com o fermento e fazer um buraco. Dentro, colocar o açúcar, o ovo e a margarina. Misturar tudo com as pontas dos dedos até ficar uniforme (uma espécie de farofa). Espalhar a massa sobre um tabuleiro (tamanho médio), pressionando levemente o fundo e as laterais. Levar ao forno pré-aquecido (180 C) por 10 a 15 minutos. Reserve.
Recheio 1:
- 1 xícara de abacaxi ou morango picado (a gosto)
- 3 colheres de sopa de açúcar
- 1 lata de creme de leite (Nestlé)
Leve ao fogo o abacaxi picado juntamente com o açúcar e 2 xícaras de água. Deixe cozinhar por uns 20 minutos, mexendo vez em quando. Se usar morango deixe menos tempo no fogo (10 minutos) e não é necessário adição de água. Deixe esfriar e misture ao creme de leite (sem soro). Reserve.
Recheio 2:
- 1 lata de leite condensado (Nestlé)
- 3 xícaras de leite de vaca
- 1 colher de sopa de manteiga
- 3 colheres de sopa de Maizena
- 2 gemas passadas na peneira
Leve ao fogo o leite de vaca (reserve 1/2 xícara para dissolver a Maizena e a gema), leite condensado, e a manteiga. Misture e quando estiver próximo ao ponto de fervura, adicione a mistura de gemas e Maizena e a 1/2 xícara de leite restante. Mexa até engrossar e ferver. Após esfriar, distribua metade desse creme sobre a massa assada. Sobre esta, ponha o recheio de creme de leite reservado e por último o que restou do creme.
Cobertura:
- Abacaxi cortado em rodelas finas ou morango fatiado (o suficiente para cobrir a torta)
- 1 caixa de flan de baunilha (Royal)
- 1 xícara de água
Cubra a torta com as rodelas de abacaxi (ou morango). Leve ao fogo o flan dissolvido em água. Deixe ferver uns 5 minutos. Ainda quente, espalhe sobre a torta. Leve a geladeira e bom apetite!
Ah, gostei, Cintia. Mandou muito bem. O segredo é o Newton fazer. Como diria o Chaves, isso, isso, isso.
ResponderExcluirTem razão, Cíntia!!!
ResponderExcluirQue negócio é esse de achar que "assunto de cozinha é com mulher"...
Eu mesmo farei a torta!
Mais uma iguaria by NB, ao lado das caftas e do bolo de fubá.
Grato!!!