A concierge e a filósofa em mais uma sessão de "Literatura em Casa" |
La Juventud de Baco de William Adolphe Bouguereau |
Bacanal de Michel-Ange Houasse |
Ofrenda a Baco de Michel-Ange Houasse |
Próximas leituras:
O Crepúsculo dos Ídolos: Nietzsche
Este livro, que serve de introdução à forma de pensar nietzschiana, é
sobretudo, fruto da seguinte constatação do autor -'Há mais ídolos do
que realidades no mundo'. A partir disso, Nietzsche põe-se a aniquilar
tudo aquilo que julga serem ídolos falsos, ocos e decadentes. Ele parte
do pensamento de Sócrates, destrói ídolos da sua época, como o sistema
educacional alemão, escritores em voga, anarquistas, socialistas e
progressistas, sem nunca deixar de atacar a metafísica.
Rei Lear: Shakespeare
Esta obra conta uma história de traição, vingança e paixão. O velho Rei
faz doação em vida de todos seus domínios às 3 filhas e é imediatamente
relegado ao abandono, restando-lhe apenas o amor de sua filha Cordélia.
Memórias do Subsolo: Dostoiévski
"Sou um homem doente... Um homem mau. Um homem desagradável. Creio que sofro do fígado. Aliás, não entendo níquel da minha doença e não sei, ao certo, do que estou sofrendo. Não me trato e nunca me tratei, embora respeite a medicina e os médicos. Ademais sou supersticioso ao extremo; em, ao menos o bastante (em cartaz também no nosso clube de leitura)
Escrito na cabeceira de morte de sua primeira mulher, numa situação de aguda necessidade financeira, 'Memórias do subsolo' condensa um dos momentos mais importantes da literatura ocidental, reunindo vários temas que reaparecerão mais tarde nos últimos grandes romances do escritor russo. Aqui ressoa a voz do 'homem do subsolo', o personagem-narrador que, à força de paradoxos, investe ferozmente contra tudo e contra todos- contra a ciência e contra a superstição, contra o progresso e contra o atraso, contra a razão e a desrazão-; mas investe, acima de tudo, contra o solo da própria consciência, criando uma narrativa ímpar, de altíssima voltagem poética, que se afirma e se nega a si mesma sucessivamente. Não é por acaso que muitos acabaram vendo neste livro uma prefiguração das idéias de Freud acerca do inconsciente. O próprio Nietzsche, ao lê-lo pela primeira vez, escreveu a um amigo- 'A voz do sangue (como denominá-lo de outro modo?) fez-se ouvir de imediato e minha alegria não teve limites'.
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