Um livro é uma forma de arte. Nossos sentidos precisam se
acostumar com o ambiente e sentir-se em casa para que nos deleitemos, para
flertarmos com o prazer e trazê-lo no morno dos lençóis.
Mas a literatura nem sempre aconchega. Às vezes o sentimento
de estranhamento é tanto que queremos mesmo afastar, repelir, e aí o melhor é
deixar para outro momento, onde o coração aquiete e aceite conversar sobre o novo,
o que é difícil entender, o que dá medo, repulsa, o que desagrada, impacienta e
cansa, num primeiro momento.
Digo isto porque hoje é o dia em que se comemora o famoso Ulysses
(Bloomsday, em homenagem a Leopold Bloom, o protagonista do livro de James
Joyce) e eu sou mais uma náufraga nessas águas, turvas para quem não achou a
chave, ainda. Míseras 60 páginas frente a mais de mil. Só o tamanho da construção
assusta, mas como se fazem grandes prédios?
Fiquei, todavia, animada com a resenha sobre a nova tradução
de Caetano W. Galindo. Acho que em breve me aventurarei, novamente. Já sou
outro barco, quem sabe veja o amanhecer no horizonte.
Minhas homenagens à turma do Clic que concluiu o clássico:
Gracinda, Evandro, Cintia, Ângela Ellias. Quem mais?
Parabéns ao herois. Espero um dia poder fazer esta leitura!
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